A Polícia Militar afirmou nesta sexta-feira que o crime mais frequente na região de Perdizes, na zona oeste de São Paulo, é o roubo de carros. Segundo o comandante da 2º Cia do 23º Batalhão da PM, Eliseu Chaves de Oliveira, são as tentativas de roubo de veículos que provocam outros crimes como o latrocínio.
A afirmação da PM acontece no mesmo dia em que policiais a paisana e agentes da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) começaram a reforçar o policiamento na região. A medida atende um pedido de moradores, assustados com casos como o assassinato de um comerciante e uma tentativa de assalto que terminou com uma jovem baleada. Ambos os crimes aconteceram na rua Apinajés.
"Alguns moradores da região enviaram e-mail para a corporação pedindo reforço no policiamento após esses crimes. Nós respondemos todos para mostrar que estamos cientes e sensibilizados", afirmou o comandante. "O reforço no policiamento foi inclusive planejado em cima desses fatos", acrescentou ele.
A presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de Perdizes, Anna Cláudia Salles, disse que a morte do comerciante agravou a situação do bairro e que o conselho fez um pedido de medidas preventivas. "Houve um aumento grande de roubos à casas e veículos, os moradores estão amedrontados. Pedimos muito prevenção e não medidas depois dos crimes", afirmou.
Percorrendo algumas ruas da região de Perdizes na tarde desta sexta-feira, a reportagem encontrou moradores preocupados com a onda de criminalidade. A comerciante Agda Aparecida de Freitas Barbosa, 44, mora há 14 anos na região e afirmou estar preocupada. "Há cerca de três meses eu vi um tiroteio por ali [rua Caraíbas]. Teve perseguição da polícia e tiroteio", afirmou.
A também comerciante Alessandra Haddad, 33, também afirmou ter percebido o aumento da criminalidade na região e citou a morte do comerciante e um assalto a uma farmácia da região. Já quando ao policiamento, ela afirmou ter percebido alguns carros e motos da PM hoje. "Achei até estranho", disse ela.
Apesar de moradores e a Polícia Militar terem confirmado o aumento da criminalidade nos últimos meses na região, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que não há um balanço de crimes dividido por bairros.
