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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Opção do segundo voto será crucial para candidatura de Pedro Taques ao Senado

Embora o quadro sucessório estadual ainda esteja embrionário na cabeça dos eleitores e os números das pesquisas já realizadas tenham causado controvérsias e análises distintas, tanto para governador quanto para senador, o pré-candidato ao Senado do PDT e do movimento Mato Grosso Muito Mais, o ex-procurador da República José Pedro Taques, terá que confiar muito na opção do segundo voto do eleitorado para ter esperanças de vencer as eleições.


Neófito em política, Taques, seguramente, vai ser a segunda opção do eleitor mais consciente e/ou alinhado com as teses da ética na política. Aliás, é bom enfatizar, que a opção do segundo voto será crucial para o ex-procurador da República, cujas principais bandeiras deverão ser a ética, a renovação e a moralização.

José Pedro Taques, cuiabano, para quem não se lembra, foi o responsável pelo desmantelamento do crime organizado em Mato Grosso, comandado com mão de ferro pelo bicheiro João Arcanjo Ribeiro. O "comendador", como Arcanjo era conhecido, tinha em sua folha de pagamento nada menos do que deputados estaduais e federais, delegados de polícia, coronéis da Polícia Militar, agentes e investigadores.

Detalhe: muitos dos políticos que mantinham negócios com Arcanjo vão estar na disputa eleitoral, mais uma vez, e é deles que Pedro Taques precisa se manter afastado se quiser empunhar com credibilidade e, sobretudo, com coerência a suas bandeiras.

Sem embargo, é bom sempre ressaltar, o eleitorado mato-grossense não faz uma amarração ao voto ético - tanto assim que muitos políticos inescrupulosos e denunciados muitas vezes são reeleitos -, mas é nessa questão que Taques precisa se apegar.

Existe uma insatisfação popular muito grande com os chamados políticos tradicionais, mas o fisiologismo e a falta de renovação de lideranças deixa os eleitores sem muita opção. Todavia, Pedro Taques também não pode desprezar o 'político tradicional', pois, embora com imagens desgastadas, este tipo de candidato mantém uma rede de apoio muito importante para quem quer vencer uma eleição.

Um exemplo clássico da importância do segundo voto foi a eleição de 2002, quando a senadora Serys Slhessarenko (PT) aparecia em último nas pesquisas e mesmo assim conseguiu se eleger com 575.539 votos, desbancado o ex-governador Dante de Oliveira (já falecido), tido como favorito na época.

A petista também foi beneficiada com o apoio de lideranças do agronegócio, que trabalharam para derrubar Dante. Porém, Taques não deverá contar com o mesmo apoio, se levar em consideração o embate ocorrido na semana passada entre o ex-procurador e o presidente da Aprosoja, Glauber Silva.

Por outro lado, Taques tem aparecido com 9% da preferência dos votos, muito mais até do que a própria a senadora na mesma época de 2002. Com isso, o ex-procurador pode acabar desbancando os veteranos da política como o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB) e o deputado federal Carlos Abicalil (PT).

Obviamente, não se pode esperar um desempenho extraordinário de Taques nas pesquisas, mas o simples lançamento de sua candidatura representa o principal fator político desta sucessão.

Atualizada às 9h49/ Segunda atualização às 10h07
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