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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Paraguai pode boicotar filmagens de longa de Kathryn Bigelow

Paraguai pode boicotar filmagens de longa de Kathryn Bigelow
A filmagem de "Tríplice Fronteira", da diretora americana Kathryn Bigelow, vencedora do Oscar com "Guerra ao Terror", deverá ser boicotada por autoridades do Paraguai, caso o roteiro trate de temas como terrorismo, segundo a ministra do Turismo do país, Liz Cramer.


A zona fronteiriça entre Argentina, Brasil e Paraguai é apontada pelos EUA como refúgio de terroristas islâmicos.

A ministra paraguaia foi a primeira a reagir e disse ter o apoio de autoridades brasileiras e argentinas, mas não há por ora manifestação do Brasil.

Cramer afirmou temer que o filme vincule a região à falta de segurança, o que iria colocar em risco a indústria do turismo, uma das principais fontes de renda da tríplice fronteira, que tem as cataratas do Iguaçu como principal atração.

Segundo ela, as autoridades dos países não foram procuradas pelos produtores do filme e não tiveram acesso ao roteiro.

Mas Cramer afirma ter lido sinopses do projeto em publicações internacionais e diz ter "razões suficientes para emitir uma opinião séria e fundamentada sobre o tema".

"Não tem nada a ver com ditadura ou repressão à opinião pública. Estamos nos referindo a um negócio, que atrai gente para gastar na tríplice fronteira e gera empregos. Esse projeto coloca isso em risco."

Na última semana, o secretário de Turismo argentino, Enrique Meyer, declarou à imprensa local que sentia uma "profunda indignação" em relação ao projeto, que teria "a intenção de apresentar negativamente uma região comum a três países sul-americanos".

Meyer disse que esse também era o sentimento do governador da província argentina de Misiones, que faz fronteira com o Paraguai e com o Brasil.

A Secretaria de Turismo da Argentina confirmou que o secretário manifestou sua insatisfação em relação ao projeto.

Mas acrescentou que ele não fará novas declarações porque se trata de uma questão relativa ao Paraguai, já que as filmagens seriam realizadas em território paraguaio, conforme a assessoria da pasta argentina.

O Ministério do Turismo brasileiro informou no início da semana não ter tido contato com a colega paraguaia e que não se manifestará sobre o assunto porque, pelo que sabe, ainda nem há roteiro pronto.

Na última sexta, diante de notícias de que autoridades do país estariam se posicionando contra as filmagens, o ministério manteve a posição.

A reportagem enviou e-mails com perguntas para Kathryn Bigelow, por meio de sua agente. Não houve resposta. Por telefone, a secretária da agente afirmou que as notícias não faziam sentido, pois o roteiro nem sequer estava pronto.
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