A secretária municipal de Educação, Marilda Rufino, negou que tenha existido qualquer tipo de ameaça aos servidores públicos municipais que participam da paralisação de três dias para reivindicar o aumento salarial de 16%. Segundo ela, o prefeito José Carlos do Pátio, ainda no início das manifestações, solicitou respeito aos servidores e para que não houvesse nenhum tipo de confronto e intimidamento por parte de superiores nas repartições.
A secretária frisou também que a administração municipal está respeitando o movimento, porém, não concorda com a forma como está sendo realizado. “A prefeitura em nenhum momento foi contra, mas não concordamos com a forma, sem uma comunicação prévia com a sociedade. Temos que ter compromisso, quem está perdendo é as nossas crianças”, pontuou.
Marilda explica que a rede municipal de ensino tem hoje 17.050 alunos, entre a educação infantil (creches) e o ensino fundamental. “Todas essas crianças estão perdendo conhecimento, estão ficando sem a merenda”, falou.
A secretária defende que exista a discussão de uma política funcional séria entre a administração e o funcionalismo e acredita que a categoria deveria levar em conta outros ganhos acumulados ao longo das gestões. Marilda cita como exemplo a correção da inflação de 4.11% incorporados aos salários dos servidores pelo prefeito José Carlos do Pátio no ano passado.
Além disso, afirma que os funcionários efetivos recebem a cada dois anos um ganho real de 5%, sendo 2% a cada ano pelo tempo de serviço e 3% a cada dois anos pela mudança de referência. “Os salários são pagos rigorosamente em dia e na nossa tabela temos salários de até R$ 600,00 a mais em comparação com o estado”, explica.
Sobre uma possível reunião entre o prefeito e os representantes do funcionalismo, a secretária afirma que nenhuma data ainda foi agendada, mas que a administração mantém a proposta de 2% de aumento salarial a partir de setembro e pretende aguardar a próxima assembléia dos servidores na próxima terça-feira (25) para se manifestar.
“O prefeito está aberto para dialogar e queremos estabelecer uma política funcional séria para que em um ano, dois anos, os servidores não estejam reivindicando reajuste novamente. Mas temos que ter compromisso com a Lei de Responsabilidade Fiscal também, temos que estar calcados numa política de equilíbrio”, defende.
