O filho do desembargador aposentado Donato Fortunato Ojeda, Fernando Ojeda, foi o primeiro a prestar depoimento nesta quarta-feira (19) na sede da Polícia Federal, referente às investigações sobre vendas de sentença no estado.

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do desembargador durante a Operação Asafe. Fernando Ojeda já deixou a sede da Superintendência, mas não quis comentar sobre o assunto.

Na terça-feira (18), Donato Fortunato Ojeda passou mal durante a ação da PF e foi encaminhado para Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Jardim Cuiabá. Ele também deverá ser ouvido, mas a data ainda não foi definida.

O segundo a ser ouvido pela PF é o advogado Tarcísio Camargo, que trabalhou no escritório de Célia Cury, esposa do desembargador aposentado compulsoriamente José Tadeu Cury. Ele alega que apenas dividia sala no escritório de Célia Cury e negou qualquer envolvimento no esquema.

A PF deve ouvir ainda hoje outras três pessoas suspeitas de envolvimento no esquema de venda de sentença, que vem sendo investigado desde 2007 pelo Superior Tribunal de Justiça. Ao todos foram expedidos nove mandados de prisão temporária, mas o advogado Max Weize Mendonça está foragido.

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral; desembargador Evandro Stábile, os desembargadores aposentados compulsoriamente José Tadeu Cury e José Luiz de Carvalho; o juiz auxiliar Ciro Miotto também tiveram computadores e documentos apreendidos pelos agentes da PF.