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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Notícias | Brasil

Quero ver qual mãe não tem um dia de nervoso",

A procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant´Anna Gomes, acusada de agredir a filha adotiva de dois anos, quebrou o silêncio e concedeu sua primeira entrevista. Dentro do presídio Nelson Hungria, no complexo prisional de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, ela disse à reportagem da Rede Record na tarde desta sexta-feira (21) que nunca encostou a mão na menina e declarou que as agressões para ela são um mistério.


- Para quê vou encostar a mão em uma criança de dois anos? Para que ela se torne minha inimiga? Eu quero descobrir quem agrediu a menina. Isso não vai ficar barato.

Para Vera Lúcia, exigem dela um modelo de perfeição só por ser procuradora.

- O que eu fiz foi tão pequeno se comparado com as alegrias que dei a essa criança. Eu quero ver qual é a mãe que não tem um dia nervoso, que não tem TPM, que não briga com o maridinho. Que atire a primeira pedra. Sou uma pessoa carinhosa e peguei uma criança. Eu poderia estar em Paris porque tenho dinheiro para isso.

Apesar de negar as agressões, a procuradora admitiu ter xingado a criança porque ela não queria se alimentar e porque estavam atrasadas para uma consulta médica.

A procuradora afirmou que não está conseguindo comer dentro da cadeia, apenas frutas, e que está sempre sob o efeito do tranquilizante Diazepan. Ela também se diz humilhada por achar que prisão é lugar de pessoas violentas. Ela criticou a delegada que conduziu o caso, Monique Vidal, e a chamou de "vedete" e disse que é vítima de uma campanha de difamação.

- Estão execrando tudo que eu fiz.

Vera Lúcia disse ainda que resolveu adotar uma criança por medo da solidão.

- Durante muito tempo, eu vivi para o Ministério Público. Comecei a pensar: quando eu ficar velha, vou sentir falta do aconchego. No Natal, eu tinha que ir para a casa dos outros. Sou muito só e isso começou a me incomodar

Na entrevista, a procuradora contou que, há seis anos, se inscreveu em um programa de adoção de crianças no Paraná porque achava que o processo neste Estado seria mais rápido do que no Rio de Janeiro.

A procuradora foi denunciada por tortura pelo Ministério Público Estadual, que mencionou ainda que ela poderia fazer parte de uma seita satânica.
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