A companhia petrolífera British Petroleum (BP), responsável pela plataforma de exploração que explodiu no golfo do México no dia 20 de abril, afundando dois dias depois, informou nesta segunda-feira (24) que já gastou R$ 1,4 bilhão (523 milhões de libras) nas tentativas de conter o vazamento na área. Em média, a empresa gastou R$ 1,7 milhão por hora.

Em nota, a BP diz que, só na última semana, o custo das ações de combate ao vazamento foi de R$ 361 bilhões (135 milhões de libras).

A empresa diz, no entanto, que ainda é prematuro estimar quanto vai ser gasto até que o derramamento de petróleo no fundo do mar seja totalmente contido.

A companhia também concedeu ajudas aos Estados da Flórida, do Alabama, da Louisiana e do Mississipi, os mais afetados pela mancha de petróleo que chegou à costa dos EUA.

Apesar das tentativas da BP - que incluem a construção de uma cúpula de metal, a perfuração de um poço paralelo e o envio de robôs submarinos para tentar fechar o vazamento - a empresa ainda não teve sucesso nas operações.

Pelas estimativas dos técnicos da petrolífera britânica, consideradas otimistas demais até por executivos da própria empresa, cerca de 800 mil litros de petróleo (5.000 barris) são despejados todos os dias no oceano.

O acidente com a plataforma Deepwater Horizon, que matou 11 funcionários, também levantou dúvidas sobre o sistema de concessão de licenças nos Estados Unidos para a exploração de petróleo no fundo do mar.

Cientistas das agências reguladoras acusam o governo Obama de ignorar alertas sobre perigos da exploração submarina à fauna e à flora da costa sul do país.