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Sexta-feira, 10 de maio de 2024

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Campeões mundiais revelam bastidores dos títulos do passado

Histórias que jamais foram contadas ou descobertas pelos jornalistas finalmente reveladas em uma conversa descontraída com os campeões mundiais Felix, Edu, Pepe, Márcio Santos e Cafu. Na última segunda-feira, eles participaram da inauguração de uma exposição com relíquias ligadas às Copas do Mundo, no Memorial de Curitiba. E foi justamente na festa que todos fizeram revelações curiosas e polêmicas sobre as conquistas brasileiras nas competições de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.


O ponta-esquerda Pepe levantou o caneco em duas oportunidades, nos Mundiais de 58 e 62. Em cada oportunidade, o ex-jogador teve a chance de ver um grande jogador roubar a cena. Na primeira vez, o garoto Pelé foi fundamental para o título. Quatro anos depois, Garrincha chamou e responsabilidade da “guerra”, como definiu o ex-jogador do Santos, e levou a seleção brasileira à conquista.

- Tem muita coisa para contar. Mas lembro muito bem de um fato que ocorreu no Chile. Os cozinheiros fizeram sanduíches porque não queríamos comer a comida do trem. Conhecíamos bem os chilenos, mas não queríamos arriscar comendo qualquer coisa. Afinal, aquilo era uma Copa do Mundo. Jogamos a decisão de 62, contra o Chile, tendo comido apenas sanduíches e bebido refrigerantes. Mesmo assim ganhamos com sobras. Era uma seleção quatro anos mais velha, mas o que valeu mesmo foi a experiência adquirida em 58 – afirmou Pepe.

Já o ex-goleiro Felix e o ex-atacante Edu conquistaram o Mundial de 1970. Mas é justamente o antigo ponta-esquerda do Santos que faz questão de relembrar uma história da seleção comandada pelo Velho Lobo Zagallo.

Lembro que ele disse que estava preparado e que o mundo saberia quem era o Pelé. Eu pensei comigo: Opa, essa Copa é nossa"Edu, ex-jogadores e campeão mundial em 1970- Éramos cinco jogadores do Santos naquela seleção de 70, se não me engano. Sempre conversávamos no quarto sobre o desempenho da equipe. E o Pelé estava mordido porque o Eusébio tinha sido escolhido o melhor do mundo. Lembro que ele disse que estava preparado e que o mundo saberia quem era o Pelé. Eu pensei comigo: ‘Opa, essa Copa é nossa” – contou o sorridente Edu.

Na conquista de 1994, dois momentos foram revelados por Márcio Santos, que estava acompanhado do ex-lateral-direito Cafu, que venceu nos Estados Unidos e também levantou a taça em 2002, na Coréia do Sul e no Japão. O primeiro se referia ao ex-zagueiro Ricardo Rocha. O outro envolvia uma polêmica com o técnico Carlos Alberto Parreira.

- Em todo o grupo sempre tem um jogador que faz a alegria de todo mundo. Em 94, o Ricardo Rocha era imbatível. No vestiário, antes da final, o grupo fez o aquecimento e estava colocando o uniforme para subir ao gramado. Antes da oração, o Ricardo Rocha pediu a palavra e soltou: “vamos lá rapaziada, vamos fazer como os kawasakis fizeram no Japão”. O clima era tenso, mas todos soltaram uma gargalhada no vestiário. Lembro que o Gilmar Rinaldi e o Jorginho estavam gravando, e o Ricardo ficou sem graça porque aquela cena seria exibida em outros lugares – contou Márcio Santos.

Mas nem tudo em 94 foi alegria para a seleção. Antes do Mundial, ainda nas eliminatórias, o Brasil correu o risco de ficar sem treinador. Após a derrota por 2 a 0 para a Bolívia, no dia 25 de julho de 1993, em La Paz, Carlos Alberto Parreira cogitou a hipótese de deixar o cargo por conta da pressão da torcida e da imprensa.

- Era uma pressão muito grande porque o Brasil não vencia a Copa desde 70. O torcedor brasileiro cobrava muito e a imprensa já não tinha mais paciência. Estava insuportável. Depois do jogo contra a Bolívia, o Parreira estava querendo deixar a seleção porque, segundo ele, as cobranças estavam indo para o lado pessoal. Ele comentou essa situação já se despedindo do grupo. Foi a partir dali que o grupo se uniu para conquistar o título – relembrou o ex-zagueiro.

Agora, em 2010, novas histórias vão surgir. Muitas serão reveladas de imediato e outras vão demorar dias, meses ou até mesmo anos para serem contadas. Bastidores à parte, o que torcedor quer mesmo é mais um título mundial da seleção brasileira.


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