O senador Hélio Costa (PMDB) se reuniu no início da tarde desta quarta-feira (26) com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, em Brasília. Cotado para encabeçar a coligação com o PT na disputa ao governo do Estado, o pré-candidato discutiu os rumos das negociações em Minas, que vivem momento de crise pela insistência dos petistas em ter candidato próprio.

Em seu twitter, Costa afirmou que "o Presidente do PT Nacional confirma dia 6 de junho para bater o martelo na chapa majoritária em Minas para governador e senador". O receio no PMDB é de que os petistas tentassem adiar ainda mais a decisão no Estado como forma de ganhar tempo.

O presidente estadual do PMDB e coordenador da campanha do senador em Minas, deputado Antonio Andrade, disse que Hélio Costa ouviu de Dutra a confirmação de que a cúpula nacional do PT tem preferência pelo peemedebista na disputa. "Conversei com o Hélio depois da reunião e ele me disse que teve esta garantia". Andrade nega que o candidato peemedebista tenha ido pressionar o presidente do PT a se empenhar mais em seu favor na disputa.

A ida de Costa ao gabinete de Dutra em Brasília acontece no mesmo momento em que o PT força a defesa da candidatura do ex-prefeito Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas. O presidente estadual do partido, Reginaldo Lopes, disse que a própria Executiva Nacional petista dialoga e não descarta o nome de Pimentel.

Ele afirma que o partido manterá a proposta de candidatura própria até o final e que o pré-candidato está confiante no maior fôlego do seu nome. "Já temos a sinalização de que o Planalto não vai impor. Hoje digo que para a Dilma ganhar em Minas o candidato deve ser o Fernando Pimentel", declarou.

"Quando o PT topou o palanque único com o PMDB em Minas sempre deixei claro que este palanque não poderia ser uma armadilha onde o nome do Hélio Costa já estivesse colocado", completa o dirigente petista.

No ataque
A dez dias do prazo estabelecido entre as siglas para anunciar o candidato, o clima é tenso. O deputado estadual Antonio Júlio (PMDB), integrante da comissão que discute a sucessão dos partidos aliados em Minas, alfineta: "o Hélio Costa tem um compromisso com o Lula e a Dilma. Já o PT de Minas parece que não tem".

Os defensores da candidatura do senador alegam que não é possível ceder a cabeça de chapa quando se tem bons números nas pesquisas quantitativas - cerca de 50%. Já os que brigam pelo nome de Pimentel, entendem que nos levantamentos qualitativos ele tem melhores condições de disputar. Nesta pesquisa entram critérios como índice de rejeição, potencial de agregar apoio de partidos e fôlego para chegar ao segundo turno.