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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Presidente da CNI, deputado do PTB critica apoio a Serra

O deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB), principal liderança do partido em Pernambuco, lamentou nesta quarta-feira (26) a oficialização do apoio do PTB à pré-candidatura de José Serra (PSDB) para presidente da República.


Em entrevista ao Terra, ele avaliou que boa parte do partido apoiará Dilma Rousseff (PT) e acredita que o ganho dos tucanos está no tempo de televisão. O também presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) avaliou como "bom" o debate realizado, ontem, pela entidade com os presidenciáveis.

Armando Monteiro Neto ainda comentou os resultados que obteve em pesquisas de intenção de votos em Pernambuco, onde deverá ser confirmado como candidato ao Senado na chapa liderada pelo governador Eduardo Campos (PSB). Segundo ele, os percentuais o deixaram "estimulado" para a campanha.

Qual a avaliação que o senhor fez do evento e do desempenho dos três pré-candidatos?
Tenho uma avaliação positiva do encontro. Alcançou amplamente o objetivo pretendido de colocar a indústria nos temas da agenda nacional. É evidente que há um foco nas questões que afetam o setor produtivo. Mas a agenda foi bem recebida pelos candidatos. Quanto ao desempenho individual, diria que os três candidatos foram bem. Cada um no seu estilo, com sua forma e de uma maneira geral tivemos um bom padrão e desempenho. A ministra Dilma Rousseff (PT) fez uma exposição mais ampla. O governador José Serra (PSDB) fez uma coisa mais descontraída e aprofundou a análise de certas questões e a senadora Marina Silva (PV) emocionou com um caráter mais político, na melhor acepção da palavra, com uma visão da política e da ética na política. Foi uma coisa que sensibilizou e emocionou os companheiros. Foi no conjunto muito positivo no encontro.

Como o senhor recebe a oficialização feita pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), de apoio à pré-candidatura de José Serra?
Eu lamento. Setores expressivos da bancada federal se alinhariam em apoio à ministra Dilma, ao palanque que nós estamos alinhados inclusive no Estado. Vários amigos da bancada federal têm esse alinhamento no plano estadual, até por conta das posições que assumimos no Congresso, sempre de alguma forma alinhados ao governo. Desejávamos que a aliança no plano nacional guardasse essa coerência. O presidente Roberto Jefferson fez uma reunião conosco e colocou a posição dele de apoio a José Serra, mas deixou claro que a executiva nacional daria total liberdade para que regionalmente pudéssemos fazer as alianças mais adequadas aos interesses do partido. Não há nenhum conflito entre o PTB regional e o nacional, pois houve um diálogo franco e aberto.

Isso não se torna uma contradição? O mesmo partido apoiar Serra nacionalmente e Dilma localmente?
São contradições do sistema político-partidário no Brasil. O que seria melhor para o processo político era que você tivesse maior coerência tanto no plano nacional, como nos planos regionais. Acho que faz sentido imaginar uma situação com maior coerência do ponto de vista programático, mas nosso sistema político é imperfeito e remete à discussão da reforma política. Do ponto de vista do processo eleitoral de 2010, isso não vai colocar nenhuma dificuldade para o PTB de Pernambuco.

Diante dessa aliança nacional, o senhor poderia exibir imagens e pedir votos pra Dilma Rousseff em Pernambuco?
Isto está colocado dentro de uma consulta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deverá ser respondida até lá. Vamos aguardar o resultado dessa consulta. Estamos em uma coligação do PSB alinhado com o PT e se houver qualquer orientação do TSE sobre essa coisa da imagem ou da utilização da imagem, evidentemente vamos ter que respeitar.

Assim como em Pernambuco, lideres do PTB de outros Estados já manifestaram a intenção de apoiar nacionalmente a candidatura do PT. O PSDB só herdou o tempo de televisão?
Os dois líderes do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), e no Senado, Gim Argello (DF), apoiam Dilma e a maioria da bancada federal também. Isso, o presidente Roberto Jefferson sabe. Não é novidade pra ele. Na reunião da casa de Jovair Arantes ficou claro que o presidente respeita a posição da sua bancada nos Estados. Por isso, não há um conflito no partido, nenhuma briga, pois o presidente respeita as posições no plano regional. O PSDB não está levando o partido em todos os Estados. Está levando o tempo de televisão e o apoio da executiva nacional e do PTB em alguns Estados, mas não leva todas as secções estaduais, que estão em outros palanques.

O seu nome já está definido como candidato ao Senado por Pernambuco? Como andam as negociações?
Não há definição. O governador é coordenador do processo e recebeu uma delegação dos partidos da aliança para coordenar o processo. O governador tem dito que em junho vai iniciar esse processo de discussão e conversa com os partidos. Agora, tenho recebido não só da classe política, mas de lideranças dos partidos que estão na nossa aliança manifestações de apoio. Mas na realidade não houve ainda definição.

Qual a avaliação dos seus percentuais nas pesquisas de intenção de votos para o Senado?
Eu vi com muita satisfação, de forma muito positiva. Me senti estimulado com os resultados das pesquisas. Nunca disputei uma eleição majoritária, quem disputou a eleição majoritária tem o recall, o nome é mais conhecido. Só disputei eleições proporcionais é um nome menos conhecido por isso. Se eu já começo com esse capital próprio, ou seja, com o patamar entre 29% e 30%, sem ser ainda um candidato, sem vincular meu nome ao governador e ao presidente Lula. Isso é uma coisa auspiciosa, de uma possibilidade de crescimento grande.
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