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Sexta-feira, 24 de maio de 2024

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Estudo questiona habitat de antepassado humano mais antigo

Um grupo de cientistas americanos estão questionando a informação de que "Ardi", o antepassado humano mais antigo conhecido, tenha vivido em zonas florestais, uma afirmação básica para compreender como e o porquê de os humanos terem evoluído. A revista Science considerou o Ardipithecus ramidus a Revelação do Ano 2009, e a hipótese ...

Um grupo de cientistas americanos estão questionando a informação de que "Ardi", o antepassado humano mais antigo conhecido, tenha vivido em zonas florestais, uma afirmação básica para compreender como e o porquê de os humanos terem evoluído.


A revista Science considerou o Ardipithecus ramidus a Revelação do Ano 2009, e a hipótese de que este antepassado tenha vivido em áreas de densas matas foi utilizada para argumentar contra a tese de que a evolução humana tenha ocorrido na savana.

Mas em um artigo publicado nesta quinta-feira, uma equipe de oito geólogos e antropólogos de sete universidades afirma que há poucas evidências de que Ardi tenha realmente vivido em zonas florestais.

"Existem abundantes provas de um hábitat na savana", disse o geoquímico da Universidade de Utah Thure Cerling, principal autor da crítica publicada na edição de 28 de maio na revista Science. A hipótese da savana sustenta que os antepassados dos atuais humanos saíram das árvores e começaram a caminhar por causa de uma expansão das savanas, as planícies com arbustos e escassas árvores.

Ardi, o esqueleto fossilizado de um antepassado humano feminino, tem cerca de 4,4 milhões de anos e foi encontrado onde hoje é a Etiópia. Os pesquisadores que descobriram o fóssil publicaram onze artigos na Science nos quais detalham as características do hominídeo, incluindo um dedo do pé maior e mãos flexíveis para agarrar os galhos das árvores.

A equipe que descobriu o Ardi anunciou ter encontrado fósseis de madeira, sementes, plantas e animais (entre eles macacos, papagaios e caramujos) indicadores, segundo esses especialistas, de que a zona havia sido uma floresta com um clima mais fresco e mais úmido que hoje.

Mas esta análise é questionada agora por Cerling e seus colegas, que examinaram os mesmos dados que a equipe que encontrou o Ardi, incluindo amostras de solo e pequenos grãos fossilizados de silício. Sua pesquisa indica que a região onde foi descoberto Ardi era uma área cálida e semiárida, com poucos arbustos e árvores.

Após o novo estudo, Cerling e o coautor do estudo, o geólogo da Universidade de Utah Frank Brown, disseram que "negar a hipótese da savana é um erro".
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