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Sábado, 25 de maio de 2024

Notícias | Agronegócios

INSTABILIDADE NA PECUÁRIA

Frialto se manifesta oficialmente sobre fechamento de seis frigoríficos

Os empresários Paulo e Milton Belincantta comunicaram, em Sinop, neste sábado, de manhã, de forma oficial, quais as medidas que o Grupo Frialto está tomando para solucionar a crise ...

Os empresários Paulo e Milton Belincantta comunicaram, em Sinop, neste sábado, de manhã, de forma oficial, quais as medidas que o Grupo Frialto está tomando para solucionar a crise financeira que levou ao fechamento dos frigoríficos de Sinop, Matupá e Nova Canaã (MT), Iguatemi (MS), Jundiaí (SP) e Ji-Paraná (RO).


Paulo, que preferiu não conceder entrevista à imprensa, informou que nesse momento há muitas dúvidas principalmente por parte de credores, fornecedores e funcionários, mas divulgou uma nota oficial do grupo e espera sanar, pelo menos em parte, as preocupações que giram em torno do assunto.

A paralisação das atividades ocorreu na sexta-feira (21) e na segunda (24) a Frialto entrou com pedido de recuperação judicial, visando preservar os ativos enquanto as negociações com os credores são realizadas. Dessa forma, o grupo planeja fazer uma reestruturação financeira de maneira organizada e assim restabelecer uma adequada estrutura de capital, equacionando de forma equilibrada o atendimento de seus credores e a capacidade de pagamento da empresa.

O fechamento das plantas de abate está resultando em demissão de funcionários. Em Matupá são aproximadamente 900 a pelo menos a metade já foi desligada da empresa. Em Sinop são outros 700 colaboradores e também há demissões, bem como em Nova Canaã do Norte.

A crise do Frialto também ocasiona a desestabilização do mercado pecuário no Estado. O preço da arroba do boi caiu quase R$ 6 em apenas uma semana, aponta a Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Isso porque a capacidade de abate de Mato Grosso ficou comprometida, já que as três unidades do Frialto no Estado têm capacidade de abater 2.2 mil cabeças diariamente.

Em Sinop, por exemplo, os frigoríficos não dão conta de absolver a demanda deixada pelo Frialto. Em Matupá, os pecuaristas terão que pagar caros fretes para levar seus animais para frigoríficos de outras regiões.

Confira a note oficial da empresa:

Queremos utilizar desta nota para falarmos exclusivamente aos nossos funcionários, fornecedores e à população. Passamos, neste momento, por uma grande tempestade, que, na verdade se arrasta desde a crise mundial de 2008, quando nossa atividade foi duramente atingida, desestabilizando empresas tradicionais do setor. Hoje, evitando a insolvência da empresa, buscamos amparo na recuperação judicial, pois é a única maneira legal de que dispomos para mantermos a empresa viva.

Olhando nossos números, temos consciência de que isto é perfeitamente possível, e acreditamos que, em breve, poderemos retomar as atividades. Temos plena convicção de que honraremos com todos os nossos compromissos, e que o Frialto retornará. O que queremos fazer publicamente neste momento é, em primeiro lugar, pedirmos desculpas aos nossos funcionários e a todos fornecedores que confiaram na gente e aos quais, hoje, estamos causando transtornos.

Existe uma agonia profunda, porém não descansaremos e estamos, hoje, dedicados, 24 horas por dia, na busca destas respostas e na montagem de um plano de recuperação. Passaremos pelo crivo de assembléias, mas acreditamos num desfecho rápido, pois nossa intenção é a de honrarmos, o quanto antes, com nossos compromissos. Já estamos trabalhando nosso plano de recuperação.

Queremos, também, pedir desculpas à sociedade onde temos nossas plantas que indiretamente, também sofrem os transtornos pelos problemas que ocasionamos. Queremos dizer a todos, que continuamos morando onde há trinta anos nos estabelecemos e que nunca nos ausentamos diante dos problemas, ou tão pouco nos escondemos, deixando de prestar contas.

Queremos fazer, aqui, um parêntese, pedindo desculpas às populações e aos produtores de Mato Grosso do Sul e de Rondônia pela nossa ausência neste momento, pois foi absolutamente impossível estarmos aí. Com o trabalho, aos olhos de todos, e sob a proteção de Deus, junto com nossos funcionários construímos uma empresa e será com o trabalho, com nossos funcionários e sob a proteção de Deus que a reergueremos.

Se, por um lado, há uma vergonha enorme, um gosto amargo, e muito amargo, por ocasionarmos tamanho transtorno, por outro, há o conforto das centenas de manifestações de apoio, o que nos fortalece e nos compromete ainda mais. Não deliberamos sobre tudo isso com o intuito de nos preparar. Fomos jogados a esta situação por operações comerciais e financeiras que culminaram, contra nosso desejo, nesta única opção. Porém, não escondemos nossa realidade e chegamos a discuti-la com profissionais, nos convencendo que já não havia outra alternativa a tomarmos que não o pedido de recuperação judicial.

Não houve, e jamais haverá má fé em nosso comportamento e em nossas negociações. Ao contrário, mais do que nunca, buscaremos apoio e sugestões. Fruto da clareza com que sempre tratamos nossos negócios, encontramos hoje, o apoio dos líderes de nosso setor em todos os estados que atuamos. Precisamos expressar nosso sentimento de gratidão e, ao mesmo tempo dizer aos senhores, que não lhes decepcionaremos.

Queremos, por fim, dizer, àqueles que conhecem a história de nossa família, a história da empresa, e que, portanto, conhecem, também, a fé que temos em Deus, que Ele é o nosso escudo e que é Nele que confiamos acima de tudo. Que este sofrimento que nos é imposto e este calvário em que nos encontramos, contribuam pela nossa salvação e com a de todos que nesta hora sofrem conosco. Louvado seja o coração de Jesus. Frialto

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