A Polícia Civil indiciou neste sábado os quatro pistoleiros que teriam sido contratados pelo superintendente da Fiemt (Federação das Indústrias do Mato Grosso) Francisco Serafim de Barros (60) para matar o próprio filho, Fábio Cézar Barros Leão (40), e ficar com um prêmio de R$ 28 milhões da Mega-Sena. O plano teria sido traçado por Francisco e seu filho caçula, Fabiano Barros Leão, que foram transferidos para a capital, Campo Grande, na noite da última sexta-feira (28).
Em 2006, o filho não tinha conta e colocou o prêmio que ganhou no banco em que o pai era cliente. Desde então, os dois travam uma briga judicial para ver de quem é a quantia de R$ 26 milhões.
De acordo com delegado responsável pelo caso, Ivan Barreira, os pistoleiros informaram que o empresário Serafim precisava “de um cara de coragem” para ir até Campo Grande. Os detalhes, no entanto, só serão contatos depois do depoimento oficial.
O plano foi descoberto porque dois dos pistoleiros foram presos no interior de Mato Grosso do Sul munidos de revólver, munição e uma foto da vítima. O crime seria cometido durante a viagem que Fábio faria a Campo Grande.
Os quatro homens que teriam sido contratados por Francisco para a execução também foram trazidos pela Polícia Civil. Eles prestaram depoimento no Garra (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Seqüestros), responsável pela investigação.
A defesa de pai e filho já entrou na Justiça com o pedido de liberdade provisória. Fábio Cézar já responde pelo assassinato de Mário Gregório de Almeida (32) e tentativa de homicídio de Rodrigo Jesus de Oliveira (18) durante um bingo beneficente ocorrido em 27 de março de 2005.