O diretor-geral da Renault e Nissan, Carlos Ghosn, afirmou em entrevista ao Financial Times desta quarta-feira (2) que acredita que 2010 será um ano recorde para a indústria automotiva, com 70 milhões de veículos em todo o mundo, e que seu grupo se situará no terceiro lugar dos principais construtores mundiais.

Em 2009, produção mundial no setor foi de apenas 57 milhões de veículos, recorda o jornal. Ghosn explicou ainda que o essencial deste crescimento não será registrado em regiões como a dos Estados Unidos, Japão e Europa.

A Renault já não é uma montadora francesa"Ghosn "A Renault já não é uma montadora francesa", afirmou Ghosn, enfatizando que uma parte do crescimento de suas vendas foram realizadas fora da Europa Ocidental, começando por seu carro mais barato, o Logan, que é vendido muito bem nos países emergentes.

Para ele, a tendência de concentração no setor vai se acelerar. "Não sabemos quem vai se unir a quem, nem quando, nem por que, mas isso vai acontecer". Segundo as previsões, a Renault-Nissan deve vender 7 milhões de veículos em 2010, o que a situaria atrás da Volkswagen e seu sócio Suzuki, e da Toyota.

Ghosn inclui na cifra de 7 milhões de veículos a marca russa Avtovaz, mas não o milhão de automóveis montados pela alemã Daimler, com quem a Renault-Nissan concluiu em abril um acordo de cooperação.