O ministro do Esporte, Orlando Silva, voltou a criticar, nesta sexta-feira, o projeto que modifica a Lei Pelé, no Senado Federal. Ele reclamou do artigo que prevê que profissionais que tenham três anos consecutivos, ou cinco anos alternados na prática esportiva, se tornem monitores. Os profissionais de educação física reclamam do artigo porque avaliam que os monitores devem ser, necessariamente, formados no curso.

"Eu tenho certeza que o Senado vai ouvir a voz desta conferência, em respeito à saúde dos profissionais, em respeito à educação brasileira, que exige profissionais capacitados para a formação", declarou. A Lei Pelé deve ser aprovada na próxima quarta-feira.

O ministro participou, com o presidente Lula, da III Conferência Nacional do esporte, que pretende projetar dez pontos para os próximos dez anos, e encaminhar um projeto de lei ao Congresso Nacional. Ele lembrou que, na última conferência, a Lei de Incentivo ao Esporte foi sancionada.

"Agora, vamos elaborar o plano decenal do esporte, pensar o Brasil nos próximos dez anos, vamos votar no Congresso, e teremos um programa para o Brasil, independente de quem for o presidente, os governadores e os prefeitos", disse Orlando Silva.

O ministro também citou o PAC 2, que prevê a construção de dez mil ginásios em escolas públicas no Brasil, entre 2011 e 2014. "É uma medida de garantir a sala de aula da educação física. É uma medida de garantir o investimento esportivo".

Orlando falou ainda do calendário esportivo brasileiro para os próximos anos e disse que os Jogos Olímpicos de 2016 são o ponto de partida do governo para que o Brasil seja uma das maiores potências esportivas do mundo.

"Para isso, as crianças devem praticar esporte nas escolas", afirmou Silva, que concluiu pedindo, assim como o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que as pessoas mantenham a vida sexual ativa. "Sexo é importante para a saúde do brasileiro", finalizou.