O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve voltar a despachar do Palácio do Planalto após a Copa do Mundo da África do Sul. O prédio estava em reformas desde março do ano passado. As obras de engenharia foram concluídas no último dia 31, a um custo de R$ 103 milhões, mas falta ainda a instalação dos sistemas de telefonia e de internet, o que só deve ocorrer no final do mês.
Na primeira semana de julho, Lula inicia uma viagem a cinco países da África. O presidente só retorna ao Brasil após a final do Mundial, no dia 11 de julho. Ele já disse que vai assistir à final da Copa, em Joanesburgo. Em seu retorno, o Palácio do Planalto já deve estar pronto para acomodar o gabinete presidencial.
As obras do palácio deveriam ter sido entregues no dia das comemorações dos 50 anos de Brasília, em 21 de abril, mas sofreram atrasos. O Palácio do Planalto nunca havia passado por uma reforma completa –apenas foi sendo adaptado para abrigar novas alas da administração.
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Em despedida, Lula volta a reclamar do estado de conservação do Planalto Com a reforma, o Palácio do Planalto teve substituídas as redes hidráulica, elétrica e de ar-condicionado. Também foram ampliados os elevadores e construída uma garagem subterrânea para 500 veículos. O projeto de reforma foi elaborado pelo escritório do arquiteto Oscar Niemeyer, que projetou o prédio há mais de 50 anos.
Lula vistoria reforma do Palácio do Planalto em
fevereiro (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência)Desde o início das obras, o presidente passou a despachar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Além do gabinete presidencial, também foram transferidos para o CCBB outros cinco ministérios que ocupavam o Palácio do Planalto: Casa Civil, Relações Institucionais, Comunicação Social, Secretaria de Assuntos Estratégicos e Secretaria Geral da Presidência.
'Puxadinhos' e gambiarras'
O presidente Lula sempre reclamou do estado de conservação do Palácio do Planalto. Em sua despedida do prédio antes do início da reforma, ele se queixou dos carpetes "sujos e surrados" usados no Planalto.
No discurso, disse também que as portas de correr estavam "enferrujadas", falou das pedras soltas da calçada portuguesa em frente ao prédio e chegou a dizer que o Palácio do Planalto parecia “uma favela” cheio de “puxadinhos” e “gambiarras".
