“Falo com total propriedade: se o PP estiver com o Mauro Mendes, o PDT não estará. Não vou mudar minha história para ser eleito senador”. Essas são palavras do ex-procurador da República e pré-candidato ao Senado Pedro Taques (PDT), em entrevista à Rádio Rodovia, resultado de sucessivos embates entre ele o deputado federal e pré-candidato a reeleição, Pedro Henry (PP).

Ao que parece, as alfinetadas e trocas de acusações entre ambos estão longe do fim. Durante a mesma entrevista, Taques desafiou o oponente a provar que a Operação Jurupari, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 21, teve viés político.“Se o deputado federal Pedro Henry está supondo que houve viés político na operação ele vai ter que provar isso”.

O ex-procurador afirmou ainda que não irá mais discutir com o parlamentar. “Ele tem envolvimento com a sanguessuga, no mensalão, está com o mandato cassado por causa de compra de votos e só está exercendo por conta de uma liminar. Eu não vou mais ficar batendo boca com ele. A sociedade mato-grossense conhece muito bem aquele Pedro e conhece muito bem este Pedro”.

Questionado sobre o fato de a desavença gerar problemas ao Movimento Mato Grosso Muito Mais, que apóia a pré-candidatura de Mauro Mendes (PSB) ao Governo do Estado, Taques foi taxativo em reafirmar a impossibilidade de o PDT estar junto ao PP, pelo menos em seu ponto de vista.

Durante a entrevista o pré-candidato ressaltou que não existem possibilidades de estar envolvido na operação, que resultou na prisão da esposa do presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, José Riva (PP), pois as investigações iniciaram quando ele não atuava mais no Estado. “As investigações começaram há mais de dois anos e há mais de cinco estou em São Paulo. Não sou procurador da República no Estado desde outubro de 2004. Eu não participei desta operação”, defendeu-se o ex-procurador.

A entrevista foi concedida ao Jornal Mato Grosso no Ar da Rádio Rodovia e vai ao ar na segunda-feira (07).