Olhar Direto

Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Política BR

No PR, Osmar quer fechar com PSDB: "base é refratária ao PT"

"A construção da aliança que Lula me ofereceu desde o início não será possível", afirma o senador paranaense Osmar Dias (PDT). Embora o parlamentar queira submeter sua decisão - fechar com PSDB ou PT - às lideranças de seu partido, o cenário já está desenhado em sua cabeça: "minha base é refratária à aliança com PT".


O senador é vinculado à agropecuária local, no entanto, garante que suas ideias prevalecem a qualquer aliança que venha a firmar para as eleições deste ano. "Eu gostaria de manter os (aliados) que já tenho, até por coerência", adiantou. "No Estado, o PDT é parceiro do PSDB", acrescentou.

O PDT integra a base do PSDB no Estado. No entanto, o PT já fez suas ofertas a Dias para disputar o governo. Mas o senador queria Gleise Hoffmann (PT), mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, como sua candidata a vice. E o PT quer Hoffmann no Senado. "Isso não é sério, não vou só participar de uma campanha", disse. O senador garante que sua decisão será tomada, ou formalizada, até o meio da semana que vem.

Em que pesem suas bases na sua tomada de decisão, Osmar Dias tem, do outro lado da balança um ponto favorável ao PT, que, segundo ele, traria outros segmentos. "Em 2006 tive sérios problemas com beneficiados pelo Bolsa Família". Questionado se isso seria possível de contornar numa aliança com o PSDB, ele foi incisivo: "enquanto senador, cuidei de coisas para melhorar o programa e o PSDB deixou claro que não vai acabar com o programa". "Depois de 2006, deixo sempre claro que em qualquer cargo vou trabalhar por esse tipo de programa", completou.

O pré-candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, viajou ao Paraná nesta quinta-feira (3). Dias nega que tenha encontrado o tucano, mas confirma que eles têm se falado muito ao telefone.

O ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) se desincompatibilizou do cargo para forçar sua candidatura ao governo. Serra quer convencer Dias a desistir do governo e entrar na coligação como senador. O pedetista é o fiel da balança paranaense. A decisão dele influencia diretamente os principais partidos do Estado - PSDB, PT, PPS, DEM e PMDB.

Viagem surpresa

No Paraná, Serra se reuniu nesta quinta-feira à tarde com o pré-candidato tucano ao governo do Estado, Beto Richa, e disse que espera até o final da próxima semana, antes da convenção estadual do PSDB, marcada para sexta-feira, dia 11, por uma resposta do senador Osmar Dias à proposta de aliança feita pelos tucanos para que Dias desista de concorrer ao governo e passe a integrar a chapa de Beto como candidato ao Senado e tendo, ainda, o direito de indicar o candidato a vice-governador.

Antes de deixar Curitiba, Serra concedeu entrevista à Rede Independência de Comunicação, afiliada da Record no Paraná, em que negou ter sofrido pressão do partido para ser mais agressivo. "Isso não ocorreu, mesmo porque eu tenho meu estilo e não acho produtivo ser agressivo. Campanha eleitoral é oportunidade para apresentar ideias, propostas para o Brasil e mostrar o que já fez na vida pública. Claro que existem diferenças entre candidatos, que são dadas pela biografia, pelo que fazem e pelo que pretendem fazer", disse.

O ex-governador de São Paulo disse, ainda que vai respeitar a decisão do presidente Lula acerca do veto ou não ao reajuste dos aposentados. "Eles sabem do problema, sabem da situação do caixa, eu vou respeitar a decisão. Não vou explorar isso eleitoralmente", disse, para depois criticar a carga tributária brasileira. "É um exagero, prejudica a atividade, o emprego, a produção, e quem paga são os mais pobres. E os serviços não correspondem a toda essa arrecadação. Enquanto aumenta a arrecadação, o governo corta gastos na saúde e na educação", declarou.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet