Mais de 13 mil pessoas moram nas ruas da capital paulista e, quando o frio aumenta, voluntários se mobilizam para ajudar quem dorme ao relento. A Campanha do Agasalho deste ano já começou.

Nas madrugadas frias e chuvosas, eles estão lá. Deitados sobre papelões e cobertos por mantas fininhas. Os moradores de rua só têm como companhia os amigos inseparáveis.

Um dos sem-teto se envolveu com as drogas. Deixou a família em Osasco, na Grande São Paulo, e há três anos vive pelas ruas do Centro da capital. “Penso em voltar para casa depois que eu ficar em uma clínica. Vou ligar para minha mãe e falar: ‘mãe, eu estou bem. Se a senhora quiser me aceitar, estou disponível”, disse ele.

Quem procura abrigo nos albergues da Prefeitura nem sempre encontra vaga. Pelo levantamento da Prefeitura, 13.666 pessoas vivem nas ruas da cidade, mas os albergues têm 9800 vagas.

O horário de funcionamento no inverno é das 16h às 9h. Alguns abrem o dia todo. De acordo com a Prefeitura, as vagas são suficientes. O problema é que nem todo mundo quer ir para o albergue.

Um dos abrigos no Canindé, na Zona Norte, recebe 450 pessoas todo dia. Ali, os “hóspedes” têm comida, banho e cama quentinha.

O sofrimento dessas pessoas pode ser minimizado, pois começou a Campanha do Agasalho. Toda peça doada será distribuída para quem vive na rua e nos albergues.

Os agasalhos podem ser entregues em drogarias, supermercados, igrejas e nas 56 estações do Metrô. A partir do dia 10 de junho, as 89 estações da CPTM também vão receber roupas e cobertores. Para mais informações, acesse o site oficial da campanha.