O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que os ativistas da embarcação humanitária que agrediram os soldados israelenses durante à abordagem ao navio em águas internacionais não passaram por nenhum controle de segurança antes de embarcarem.

"Segundo a informação que temos em nossas mãos, esse grupo embarcou de forma separada, em uma cidade à parte; se organizou e equipou de forma separada e recebeu procedimentos diferentes", disse ao iniciar a reunião semanal do conselho de ministros.

Netanyahu defendeu que a "clara intenção" do "grupo" era "iniciar um enfrentamento violento com os soldados do Exército israelense", segundo a transcrição de suas palavras divulgada por seu escritório.

Em declarações à agência Efe, Izzet Sahin, porta-voz da IHH, a ONG turca à qual pertenciam os ativistas, nove dos quais morreram no ataque de 31 de maio, negou taxativamente as acusações.

"É mentira. Não foi assim. Além disso, é impossível embarcar sem passar controles de segurança", explicou antes de precisar que os ativistas da IHH subiram ao navio nos portos de Istambul e Anatólia.

Em seu breve discurso, Netanyahu também aludiu à abordagem por soldados israelenses, ontem sem incidentes, do Rachel Corrie, embarcação irlandesa do comboio humanitário que só chegou agora por problemas técnicos e cujos 19 integrantes serão deportados neste domingo aos seus países de origem.