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Sexta-feira, 10 de maio de 2024

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PT-RJ discute hipótese de se coligar nas eleições para deputado

Em princípio concorrendo em chapa única para a Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o PT reúne seu diretório estadual do Rio nesta segunda-feira (7) para discutir a possibilidade de disputar as eleições proporcionais, coligado com PSB e PC do B. O partido também tentará definir o suplente de Lindberg Farias na eleição para o Senado.


A grande aposta do PT fluminense para tentar aumentar sua bancada em Brasília, de seis a oito nomes, é a volta de Benedita da Silva à eleição para deputada federal, depois de 20 anos.

Após conquistar seu segundo mandato na Câmara, em 1990, Benedita se elegeu senadora em 1994 e vice-governadora em 1998. Assumiu o governo em abril de 2002, após Anthony Garotinho deixar o cargo para se candidatar a presidente. No mesmo ano, tentou se eleger governadora, mas perdeu. De 2003 em diante, chefiou secretarias ligadas à assistência social nos governos Federal, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, e do Rio, com Sérgio Cabral (PMDB) - cuja tentativa de reeleição o PT apoia.

Mesmo não se elegendo para nenhum cargo desde 1994, Benedita é vista no PT como puxadora de votos para que o partido tente ganhar até mais dois deputados federais. Um dos fatores que anima os petistas é que, em março, antes de ser preterida por Lindberg nas prévias do partido, a ex-governadora aparecia com potencial para brigar com Marcelo Crivella (PRB) e Cesar Maia (DEM) por uma das duas vagas ao Senado.

Segundo pesquisa Vox Populi, registrada em 18 de março no TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral), sob o nº 18.994/2010, Benedita ficava com 33%, atrás de Crivella (36%) e à frente de Cesar (31%), mas tecnicamente empatada com ambos, com 3,1% de margem de erro.

Aliança ainda é pouco provável
O lançamento dos candidatos a deputado em chapa única era dado como certo até as últimas semanas, quando "se abriu um canal de conversa" com PSB e PCdoB, segundo a assessoria do deputado federal Luiz Sérgio, presidente regional do partido.

Neste caso, ainda dado como improvável, o PT, como os demais partidos, ainda poderia se beneficiar da sobra de votos de Jandira Feghali (PCdoB), que voltará a concorrer a deputada federal depois de oito anos, após ficar em segundo lugar na eleição para uma vaga de senador em 2006 e em quarto na eleição para prefeito do Rio em 2008, quando teve 9% dos votos.

Em relação ao PSB, o nome tradicionalmente mais forte é o de Alexandre Cardoso, em seu quarto mandato como deputado federal. Há ainda a incógnita que pode vir da possível candidatura do ex-craque Romário, filiado ao partido em setembro do ano passado.

Pré-candidato a federal, após dois mandatos na Alerj, o deputado estadual Alessandro Molon não vê, porém, vantagem "nenhuma" em o PT se coligar nas proporcionais. "Só seria vantajoso se tivéssemos um candidato ao governo, o que não é o caso. Coligado, o PT, que tem uma nominata forte, só estaria arriscado a ceder cadeiras para candidatos de outros partidos", opina.

Saindo em chapa "puro sangue", a tendência do PT é de lançar pouco mais de 30 candidatos, tanto a deputado federal quanto a estadual.

Se Molon tentar passar do Rio para Brasília, a deputada federal Cida Diogo deverá tentar o caminho inverso, voltando a se candidatar para a assembleia estadual, onde o PT tem, atualmente, cinco deputados.

Sociólogo é mais possível suplente ao Senado
Três nomes são cogitados como possíveis suplentes de Lindberg. O nome mais cotado é do sociólogo Emir Sader. Embora nunca tenha exercido cargo eletivo, Sader tem bom trânsito dentro do PT e na articulação com o meio acadêmico, tendo reunido cerca de 200 pessoas, na maioria professores, universitários e artistas, para uma reunião com a presidenciável Dilma Rousseff na última segunda-feira (31).

Outro possível suplente do partido é o ex-prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, que conta com o apoio do deputado federal Chico D¿ Ângelo, seu aliado político. No caso de Godofredo, político com potencial para se eleger deputado, a ideia pode estar em uma eventual possibilidade de substituir Lindberg caso ele se eleja e, em 2014, deixe o cargo para concorrer ao governo estadual - ambição frustrada neste ano pela direção nacional do PT, que bateu o martelo pelo apoio à reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB).

A terceira hipótese, bastante remota, é de o PT indicar José Bonifácio, ex-prefeito de Cabo Frio e presidente em exercício do PDT, partido que também indicou apoio a Cabral - embora dissidentes pedetistas ainda tentem articular candidatura própria.
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