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Sábado, 18 de maio de 2024

Notícias | Mundo

Incerteza cerca greve em fábrica de componentes da Honda

Um porta-voz da Honda na China anunciou que as operações da montadora japonesa haviam sido retomadas nesta semana depois que uma greve em uma fábrica de componentes de transmissão localizada no sul do país paralisou a produção em suas linhas de montagem.


No entanto, alguns operários mantiveram a greve e diversos trabalhadores declararam na sexta-feira que a disputa ainda não havia sido resolvida. A Honda, por sua vez, alega que a maioria dos 1,9 mil operários em greve aceitou sua proposta de um aumento salarial de 24%.

Operários da Honda informaram que na segunda-feira passada houve confronto entre os trabalhadores e algumas pessoas que auxiliam o governo, depois que um grupo de trabalhadores foi pressionando a encerrar a greve e voltar ao trabalho.

A greve, iniciada mais de duas semanas atrás, levou a montadora a fechar as quatro linhas de montagem que opera na China e se tornou um símbolo do crescente poder exercido pelos trabalhadores chineses.

Os operários vinham solicitando um aumento de mais de 50% em seus salários e benefícios, e também queriam promessas da empresa de que não seriam punidos por suas ações, que definiram como tendo sido organizadas independentemente.

O governo local na cidade de Foshan, onde a fábrica de componentes em greve está localizada, vinha mediando a disputa entre a Honda e os operários, muitos dos quais têm 19 anos de idade e estão trabalhando como estudantes aprendizes.

A Honda, que montou 58 mil veículos na China em abril, diz que a maioria dos operários, entre os quais os 600 estudantes aprendizes, já concordou em aceitar o aumento de 24%, que no caso de muitos dos trabalhadores se traduziria em pagamento adicional de 366 yuan (US$ 54) ao mês.

Muitos dos operários que estão em greve na Honda têm remuneração da ordem de 1.544 yuan (US$ 226) por mês, incluindo salário, benefícios e adicionais. Eles haviam anunciado que o objetivo da greve era um aumento de 800 yuan (US$ 117) ao mês.

Yasuko Matsuura, porta-voz da Honda em Tóquio, disse que a fábrica havia retomado parcialmente as suas operações na quarta-feira, mas que as linhas de montagem da montadora na China ficariam fechadas pelo menos até a quinta.

Takayuki Fujii, porta-voz da Honda na China, disse não estar saber se todos os trabalhadores em greve haviam retornado ao trabalho em Foshan, mas que as operações estavam sendo retomadas.

Um operário de 19 anos que se identificou apenas pelo sobrenome Lu, por medo de retaliações da parte do governo e da companhia, declarou em entrevista por telefone na quarta-feira que o governo estava pressionando os trabalhadores em greve mas que ainda assim muitos deles haviam decidido persistir na paralisação em busca de aumentos maiores.

"Ouvi dizer que cerca de 100 operários do primeiro turno foram forçados a retornar ao trabalho na tarde de ontem", disse. "Mas eles não demoraram a parar, de novo depois de produzir 100 conjuntos de transmissão, ao perceberem que o aumento de salário era pequeno demais."
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