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Sábado, 18 de maio de 2024

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OEA inaugura assembleia em Lima dedicada ao armamentismo na região

A Organização dos Estados Americanos (OEA) celebra, a partir deste domingo, em Lima, sua 40ª assembleia geral ordinária, na presença de 33 chanceleres de seus países-membros, convocados para debater o controle de armas na região e o retorno de Honduras ao organismo.


O Peru espera alcançar um acordo sobre sua proposta de limitar as compras de armas na região, durante o fórum que será inaugurado na noite deste domingo pelo secretário-geral, o chileno José Miguel Insulza, e pelo presidente peruano, Alan García.

"O Peru propôs este tema para fortalecer medidas de confiança para limitar o gasto de armas", disse o chanceler peruano José García Belaunde, pouco antes da abertura da assembleia, que tem como tema "Paz, segurança e cooperação nas Américas".

Insulza informou que a assembleia geral emitirá uma declaração sobre o controle de armas e avaliará os mecanismos de controle.

A cerimônia está prevista para as 19h00 locais (21h00 de Brasília), na sede do Museu da Nação, em Lima. Posteriormente, o governo peruano oferecerá uma recepção para as delegações participantes.

Antes do ato, Insulza e os chefes das delegações participaram, na manhã deste domingo, de um diálogo com os representantes regionais dos sindicatos, do setor privado e da sociedade civil (ONGs).

Durante o encontro, as discussões giraram em torno do tema da assembleia.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chegará a Lima na noite de domingo e se somará, na segunda-feira, aos chanceleres que se reunirão no mesmo dia e na terça-feira.

Em um projeto de declaração final discutido na terça-feira, em Washington, os membros da OEA ressaltaram "a importância de promover o controle de armamentos" e reiteraram que a América Latina deve continuar sendo uma zona de não-proliferação nuclear.

Este projeto de declaração deve ser aprovado pelos chanceleres dos países-membros da OEA, em Lima.

O controle da corrida armamentista na América Latina foi o tema escolhido pelo Peru, anfitrião do encontro, diante do considerável aumento de gastos militares na região nos últimos anos.

Em 2008, a América Latina gastou 38 bilhões de dólares em armamentos. O gasto aumentou 150% no período 2005-2009 com relação a 2000-2004, segundo dados apresentados pelo chanceler peruano, José García Belaunde, há dois meses perante o Conselho Permanente da OEA.

De qualquer forma, os especialistas asseguram que ainda não se pode falar de uma corrida armamentista na América Latina, onde o gasto em armas é moderado com relação a outras regiões.

O caso de Honduras, suspensa desde junho de 2009 como membro da OEA, por causa do golpe de Estado que depôs o ex-presidente Manuel Zelaya, será abordado no encontro de Lima, apesar de não constar da agenda, disse Insulza no sábado.

"Existe um estado de ânimo para resolver no curto prazo a situação de Honduras", afirmou o secretário-geral da OEA.

Insulza assegurou que o caso "seria discutido pelos chanceleres durante a sessão da segunda-feira à tarde, com agenda livre".

Cerca de 4.000 policiais garantirão a segurança do conclave da OEA.

Cuba permanece autoexcluída do organismo, depois da revogação de sua suspensão em junho de 2009, que datava de 1963.
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