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Sábado, 18 de maio de 2024

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Parada Gay ganha tom político mas presidenciáveis não comparecem

Não faltaram bandeiras, faixas, fantasias, música e muita animação, mas a Parada Gay, que acontece neste domingo (06) em São Paulo, ganhou tom político. A 14ª edição teve o seguinte tema: "Vote contra a homofobia. Defenda a cidadania".


Na avenida Paulista, alguns cartazes criticavam a postura de parlamentares que vetaram a lei que iguala a homofobia a crimes como o racismo no Brasil. A organização do evento esperava a presença dos principais pré-candidatos à Presidência da República. Entretanto, apesar do tom político, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) não compareceram. Marina Silva já havia informado que não iria ao evento.

"Não pensem em candidatos que só prometem. Temos que votar em quem defende nossos direitos e os direitos humanos como um todo", disse Alexandre Santos, presidente da APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo).

Para ele, a exigência mais urgente da comunidade GLBT é a criminalização da homofobia em todo o país. "Vocês viram o número de pessoas mortas no ano passado. Não podemos mais ter isso", afirmou.

Segundo a assessoria da Parada, a contagem de público será divulgada apenas nesta segunda-feira, mas a expectativa é de que o público deste ano alcance 3,2 milhões de pessoas.

Furtos

Apesar do forte esquema de segurança que foi armado para a Parada, a polícia não conseguiu evitar alguns transtornos para quem participou do evento. A Guarda Civil Metropolitana registrou queixas de furtos de celulares e de máquinas fotográficas. 600 homens da GCM, 130 veículos e 15 motos fizeram a segurança do evento.

Parada começa sem atraso e com versão eletrônica do hino nacional

Pontualmente ao meio-dia, o som dos trios elétricos começou a animar a 14ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Às 12h50, a versão eletrônica do hino nacional abriu oficialmente o evento.

Milhares de pessoas exibiram fantasias e um visual feito para chamar atenção. "Pode olhar que hoje não tô cobrando", gritava ao lado de um dos trios um Capitão América um pouco acima do peso.

Casais heterossexuais também desfilaram sem problemas pela avenida. "É um dia de cores, o dia deles", disse a estudante Maíra Ribeiro, que pela terceira vez acompanha a parada ao lado do namorado. Nas calçadas, crianças se divertiam com as fantasias.

Na avenida, a música "Bad Romance", da cantora Lady Gaga, animou o público.

Nos 20 trios, além de órgãos governamentais e ONGs ligadas à comunidade gay, sindicatos marcaram presença.

De acordo com a diretora do SEESP (Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo), a participação do sindicato - pela quinta vez - quer ajudar a trazer de volta o tom político da parada. "Não é só festa, tem uma questão política que a parada traz que muitos esquecem. Nós e os trios de outros sindicatos queremos reforçar isso". Ao lado do SEESP, desfilam trios do Sindicado dos Comerciários e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Na parada, também há espaço para outros protestos. Entre eles, chamou atenção uma cadeira de rodas gigante. O cadeirante Ibraim fez seu protesto. Acompanhou todo o desfile sentado, exibindo um cartaz com a seguinte frase: "Vamos torcer juntos pela nossa vitória".

Pouco depois das 17h, todos os trios já haviam percorrido a avenida Paulista. O público lotou os dois lados da rua Consolação, rumo à Praça Roosevelt, onde o evento será encerrado.
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