O lider da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa, deputado Adalto de Freitas Filho- Daltinho manifestou que “estranhou” as declarações do presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, de que a formação do chapão “está fora de cogitação”. Segundo o deputado a Executiva Regional decidiu a composição de uma comissão para discutir e encaminhar a discussão sobre o chapão, e que as declarações de Bezerra “atropelam” o que ficou decidido partidariamente e também o entendimento entre os partidos do arco de alianças (PMDB, PT e PR). Daltinho declarou que “Bezerra não pode passar por cima da decisão da executiva regional do partido, e atropelar os entendimentos que estão sendo mantidos pela comissão indicada pelo PMDB”. “Na condição de dirigente, Bezerra deve dar exemplo de fidelidade e respeito às decisões partidárias”, observou Daltinho.

O deputado discorda do entendimento de Bezerra, que o partido não pode “sacrificar” as eleições proporcionais para manter o arco de apoio à reeleição do governador Silval Barbosa. Daltinho esclareceu que as pesquisas apontam que numa chapa pura do PMDB, a disputa pelas vagas na assembléia, ficaria restrita a um pelotão de elite, composto por Teté Bezerra, Baiano Filho, Wallace Guimarães e ele (Daltinho). Já no chapão deverão ser eleitos 12 deputados, e as chances se ampliam, abrindo a possibilidade de eleição para os demais membros da bancada do partido na assembléia e para os novos candidatos. “As projeções, com base nos números, demonstram que a visão de Bezerra é equivocada, posto que o chapão para estadual com a inclusão do PT não sacrificará o PMDB”, ressaltou. O deputado entende, ainda, que a visão de Bezerra também é incoerente, pois, ao mesmo tempo que é contra o chapão à eleição de deputado estadual, é favorável a compor para federal.

Daltinho lembrou ter sido um dos que mais questionou a formação do chapão, mas por questão de disciplina, fidelidade e acatando decisão política da maioria dos membros do PMDB, e a indicação de seu nome, participa da comissão que discute com o PR e PT a composição na proporcional. “Fui contrário à coligação apenas com o PR, por entender que o chapão deveria reunir todo arco de alianças que apóia a candidatura do governador Silval Barbosa”, defendeu. “E aceitei participar da comissão porque a composição do chapão foi ampliada com a participação do PT”, explicou.

Outro aspecto levantado pelo parlamentar, é que “o PMDB não pode aceitar que o projeto de reeleger Silval Barbosa seja colocado em segundo plano, como pretende Bezerra”. “Com todo o respeito que a história partidária de Bezerra merece, os membros do PMDB não podem, e não vão avalizar o seu posicionamento equivocado”, enfatizou Daltinho.