Em encontro nesta sexta-feira (11), na cidade histórica de Tiradentes, em Minas Gerais, a presidenciável Dilma Rousseff negou que a militância petista no Estado esteja desmobilizada em relação à candidatura do senador Hélio Costa (PMDB) ao governo.

A pré-candidata do presidente Lula ao Palácio do Planalto admitiu que a preferência hoje no Estado é que o vice de Hélio Costa seja o ex-ministro Patrus Ananias. "Espero que ele participe da chapa, já que tem uma grande liderança aqui em Minas. Mas em momento algum pretendo constrangê-lo ou impor que aceite a vaga". A participação de Patrus na campanha é vista como uma forma de atrair os filiados petistas e também de mobilizar uma ala da sigla que insistia na candidatura própria.

Antes de proferir uma palestra para dezenas de empresários mineiros, Dilma comentou ainda sobre os atos de "rebeldia" do PMDB, como é o caso do ex-governador Roberto Requião, que insiste em lançar candidatura própria à Presidencia. "Somos um país de dimensões continentais, de diversidade. É normal que nos partidos haja posições diferentes, o que não compromete a eleição nacional. Estou tranqüila sobre a relação entre PT e PMDB", minimizou.

Dilma chegou ao local do evento acompanhada do senador Hélio Costa e do ex-prefeito de BH, Fernando Pimentel (PT), que disputará o Senado pela coligação. Fazendo questão de ressaltar sua origens mineiras - "cresci olhando para as montanhas" -, disse que o evento em Tiradentes seria importante para ouvir o que pensam os empreendedores do Estado.

A ex-ministra ainda comemorou o crescimento do PIB brasileiro, "a taxas chinesas". "Nosso problema hoje é o bom (problema). Queremos que o Brasil continue crescendo a taxas elevadas. Criamos 13 milhões de empregos entre 2003 a 2010. O Brasil mudou e não é só porque a economia está crescendo, é porque a vida do brasileiro mudou", afirmou, em alusão aos programas sociais implantados pelo governo federal.