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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Caminhada mobiliza mais de 2.000 crianças e jovens em VG

A Secretaria Municipal de Promoção e Assistência Social de Várzea Grande realizou, na manhã desta sexta-feira (11/06), a IV Caminhada de Sensibilização ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Participaram crianças e jovens que estão inseridos nas atividades desenvolvidas pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) do Governo Federal. De acordo com os organizadores do evento, mais de 2.000 pessoas percorreram as avenidas Couto Magalhães e Castelo Branco. Trezentos estudantes de oito escolas da Rede Municipal de Ensino também marcaram presença. Com panfletos, faixas e muita alegria, eles chamaram a atenção da sociedade para o problema. O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil é celebrado amanhã, sábado (12/06).


“Estamos realizando essa grande mobilização para mostrar que a questão do trabalho infantil é algo muito sério que muitas vezes, por desconhecimento ou mesmo conivência de seus autores, não passa por discussões. Todos nós precisamos unir forças e buscar a efetivação de mais políticas públicas. Aqui em Várzea Grande, estamos conseguindo ótimos resultados com o Peti. Temos, atualmente, quase 2.000 crianças e jovens participando, ativamente, das atividades do programa”, explica a secretária municipal de Promoção e Assistência Social, Miriam Gonçalves.

Na oportunidade, a secretaria lançou, oficialmente, a campanha nacional “Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil” idealizada pela Organização do Trabalho Infantil (OIT) em parceria com a Fifa e entidades que buscam abolir as práticas de exploração infantil.

Para o superintendente do Ministério do Trabalho em Mato Grosso, Valdinei Antônio de Arruda, a realização de eventos que objetivam a reflexão da sociedade para a questão do trabalho infantil é válida. “E Várzea Grande é uma referência nesse assunto. Temos registros de que esta é a maior passeata em defesa dos direitos da criança e do adolescente de todo o estado”. Segundo ele, dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) de 2008, revelam que há 23.000 crianças em situação irregular de trabalho em nossa região. “No início do próximo ano, estaremos realizando uma pesquisa mais detalhada para traçarmos um perfil dessas crianças”, adianta Arruda.

Os números se elevam quando observadas as condições de trabalho a que as crianças e jovens são submetidos. “Em Mato Grosso há cerca de 92.000 mil crianças que se enquadram no perfil daquelas sujeitas às piores formas de trabalho infantil”, revela o coordenador nacional do Projeto de Combate às Piores Formas de Trabalho Infantil na América do Sul da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Antônio Carlos de Mello Rosa.

Ele conta que são consideradas formas degradantes de trabalho infantil às que submetem o menor à condição análoga à escravidão, à exploração sexual e ao tráfico de drogas. “Enfim, todas aquelas práticas que comprometem o desenvolvimento da criança e do jovem”. Além da degradação física daqueles expostos à exploração de seu trabalho, o coordenador lembra que uma nação que não oferece condições dignas a seus pequenos cidadãos, dificilmente, terá êxito em seu futuro. “Quando privamos crianças e jovens de uma vida saudável, com lazer, saúde e, principalmente, educação, não teremos uma sociedade no futuro capaz de se desenvolver, de crescer economicamente, afinal, seus cidadãos não terão a instrução necessária para isso. Educação é o pilar básico de qualquer transformação”, frisa.

MPT NA ESCOLA - Se depender dos esforços da administração pública municipal, Várzea Grande caminha para um futuro promissor. Além de todos os trabalhos desenvolvidos pelo Peti nas regiões mais carentes da cidade, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec/VG) firmou parceria com o Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso.

Desde o final do mês de abril, oito escolas municipais da região do bairro Cristo Rei fazem parte do projeto piloto “MPT na Escola”. Com o propósito de conscientizar toda a comunidade escolar sobre a importância de se exterminar toda e qualquer forma de exploração do trabalho infantil, o projeto disponibiliza material de apoio aos educadores.

“Lá na escola a gente está aprendendo um monte de coisas legais sobre o trabalho das crianças. Estou gostando muito. Agora sei que ajudar minha mãe em casa não é proibido. O que não pode é a gente ser explorado”, diz a aluna da EMEB Alino Ferreira, Bruna Fernandes Ramos (10). “Criança tem é que brincar”, completa a colega do 5º ano, Gabriele Gomes de Oliveira.

Participam das atividades do MPT na Escola as seguintes unidades: EMEB Professora Salvelina Ferreira da Silva (Maringá II), EMEB Apolônio Frutuoso da Silva (Construmat), EMEB Antônio Joaquim de Arruda (Hélio Ponce de Arruda), EMEB Mário Antunes de Almeida (Jardim União), EMEB Alino Ferreira de Magalhães (Alto da Boa Vista), EMEB Tenente Waldemiro Delgado Bertúlio (Parque do Lago), EMEB Professora Maria Joana da Silva Almeida (Unipark) e EMEB Ana Rosa da Silva (Lagoa do Jacaré)
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