Ex-aliados na eleição de 2006, o governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP), e o senador Marconi Perillo (PSDB) estarão em lados opostos no pleito deste ano. O motivo principal do desgaste entre os dois foi a alegação de Alcides de que teria recebido do antecessor tucano (de quem já foi vice) um déficit mensal de R$ 100 mil nas contas do Estado, além de R$ 1,2 bilhão de restos a pagar, o que teria obrigado a atual administração a promover uma política austera de contenção de despesas.

Nesta sexta-feira (11), respondendo a Marconi Perillo, que disse na quinta-feira (10), em entrevista à rede CBN, que "se você quiser conhecer verdadeiramente uma pessoa, dê a ela dinheiro ou poder", referindo-se a Alcides, o governador de Goiás rebateu na mesma moeda. "A carapuça não serviu para mim. Eu sou uma pessoa realizada, tive uma infância feliz, graças a Deus. Tenho grandes amigos, tenho a consciência tranquila de tudo aquilo que faço na minha vida", disse o pepista. "Aqui existem pessoas que têm uma vaidade excessiva, precisam e têm necessidade de ser notícia a todo momento. Para que isso ocorra, procuram não só economizar palavras, mas sobretudo exercê-las da forma mais diferente, no sentido de se autopromover", acrescentou o governador.

Sem o PSDB na base, Alcides Rodrigues organizou um coletivo de siglas apelidado de Nova Frente, que pretende garantir o apoio para que Vanderlan Cardoso (PR) - o candidato que apoia na sucessão estadual - seja eleito em 2010. "A Nova Frente está caminhando. Nosso pré-candidato está percorrendo o Estado, trabalhando muito e sendo muito bem recebido por onde passa e sem destilar veneno a quem quer que seja", resumiu Alcides, sobre a movimentação do republicano.