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Domingo, 02 de junho de 2024

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Pronto-socorros do interior estão em situação alarmante; confira as fotos

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) divulgou na quinta-feira (10) relatórios de vistorias realizadas a hospitais e pronto-socorros da rede pública de saúde em cidades do interior do Estado. Os documentos são acompanhados de fotos e relatam a necessidade de medidas urgentes que garantam atendimento eficiente a quem necessita do atendimento em tais locais.


Foram visitados, entre 8 de abril e 3 de junho, o Pronto-Atendimento e Hospital Regional de Cáceres; Hospital Municipal de Juína; Hospital e Pronto-Socorro de Várzea Grande e Consórcio Municipal de Saúde do médio Araguaia, em Água Boa. Os relatórios foram protocolizados junto ao Ministério Público Estadual (MPE).

Segundo o presidente do CRM-MT, Arlan de Azevedo, as situações mais precárias foram encontradas nos pronto-socorros de Cáceres e Várzea Grande, locais estes “dignos de interdição”, caso tal medida não fosse ainda mais maléfica aos que procuram atendimento público.

Várzea Grande


No Hospital e Pronto-Socorro de Várzea Grande, segundo o presidente do CRM-MT, há muitas macas improvisadas, bancos de madeira acomodando pacientes, total falta de privacidade aos pacientes e uma carência grande de profissionais. Um dos exemplos citados é de um paciente que foi operado de apendicite numa sexta-feira e no domingo ainda se encontrava no centro cirúrgico. A situação revela quão inadequado é o espaço das cirurgias, que deveria ser o mais isolado possível para evitar contaminações, mas estava, simultaneamente, servindo como espécie de enfermaria, situação considerada absurda.

Cáceres

O Pronto-Atendimento de Cáceres está com os equipamentos sucateados, segundo informa o relatório do CRM. Foram encontrados medicamentos vencidos, outros acondicionados de maneira totalmente inadequada, falta de profissionais, instalações elétricas expostas, higiene precária, macas enferrujadas, vazamentos e infiltrações em paredes de quase todos os ambientes e lixo hospitalar sem lugar para acomodação.

Já no Hospital Regional da cidade, foi verificada a ausência de diretor técnico, estrutura física necessitando de reparos, falta de UTI pediátrica, coleta de lixo em desacordo com a legislação e diversas outras inconformidades. A Central de Esterilização, por exemplo, está colocada entre a sala de velório e o armazenamento de cadáveres.

Juína

O Hospital Municipal de Juína não possui inscrição no CRM-MT e nem alvará da Visa. As instalações físicas são dignas, segundo o presidente Azevedo, de interdição. O berçário é em local insalubre, o lixo hospitalar é exposto a céu aberto, a cozinha não tem telas de proteção e não há material de reanimação nas salas cirúrgicas, dentre outros.

Água Boa

O Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Araguaia, localizado em Água Boa, passa por uma situação bastante atípica, segundo o Arlan de Azevedo. Lá, ao ocntrário da maioria das unidades de saúde, sobra espaço para atendimento. Sobram equipamentos para serem utilizados em procedimentos. A capacidade da unidade é de 100 leitos. Porém só há 40 funcionando. O problema é a falta de recursos humanos, equipe maior de médicos, enfermeiros e técnicos. A explicação de Azevedo é um argumento que remete a problemas estruturais, de profissionais que não querer se deslocar para o interior para trabalhar na rede pública, por conta de instabilidade salarial e de condições de trabalho.

Confira as fotos:
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