Desde que o francês Paul Le Guen assumiu o comando técnico de Camarões, a seleção africana tem um chefe destacado dentro de campo. O atacante Samuel Eto''o chega à Copa do Mundo fortalecido como o grande nome da equipe, não só por sua artilharia, mas principalmente por sua liderança.

"Para mim, ser capitão significa ser líder. Mas não necessariamente preciso da braçadeira para isso. O que tento sempre é ser uma espécie de representante do treinador em campo. Ele dá muita tranquilidade ao grupo e tem todos os méritos pelo crescimento da nossa seleção", comentou o jogador.

De um ano para cá - período em que Le Guen esteve à frente do time, Camarões cresceu em produtividade. A seleção se classificou para o Mundial como ponteira do Grupo A das Eliminatórias, com 13 pontos. Pontos muitos que vieram com os nove gols e a liderança de Eto''o.

"Quando passei estas responsabilidades a ele queria criar um impacto na seleção. Hoje, Samuel Eto''o é um jogador emblemático, o mais importante da nossa seleção. Ele é um grande campeão e tem consciência disso", explicou o treinador, em entrevista publicada pelo site oficial da Fifa neste domingo. "Mais ainda, ele defende seu país com orgulho e possui um grande espírito de equipe".

Mas fique claro: Camarões não se resume ao camisa 9. Tem outros atletas que podem surpreender na África do Sul. "Como Choupo Moting, um jovem de muito talento, outros mais experientes como Pierre Webó, Achille Emana, Mohammadou Idrissou, ou ainda Vincent (Aboubakar)", conclui Eto''o.

O camaronês da Inter de Milão e seus companheiros fazem o primeiro jogo diante do Japão, nesta segunda-feira. A seleção africana ainda divide o Grupo E com Dinamarca e Holanda.