Exonerado do cargo de secretário nacional de Justiça nesta segunda-feira, Romeu Tuma Júnior divulgou nota em que afirma que "o tempo e a Justiça" vão restabelecer a verdade sobre as denúncias de envolvimento com o suposto chefe da máfia em São Paulo, o chinês Paulo Li.
Tuma Jr voltou de um período de férias de 30 dias nesta segunda-feira e, logo depois de reassumir a função, foi divulgada a notícia de que o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, havia encaminhado sua exoneração ao Palácio do Planalto. O ministro passou o dia fora de Brasília, mas deve voltar à capital ainda hoje.
Segundo a assessoria de imprensa do ministério, quando a exoneração for publicada no Diário Oficial - o que deve ocorrer amanhã - o cargo será ocupado interinamente por Izaura Miranda, que também ficou à frente da secretaria durante as férias de Tuma Jr. O ministro, no entanto, ainda pode designar outra pessoa para o cargo.
Confira a íntegra da nota:
Há mais de 30 anos tenho combatido, incansavelmente, interesses espúrios, que exercem pressões, como as que levaram à divulgação criminosa e distorcida de fatos fora de contexto. Motivações inconfessáveis e obscuras de tal divulgação, aliadas à covardia política, redundaram naquilo que considero uma enorme injustiça, consubstanciada na exoneração noticiada, hoje, pela mídia.
Minha história de vida - assim como a da minha família - está posta. Ela fala por si só é a evidência de que não transigimos, nem nunca vamos transigir com a legalidade, tampouco será maculada por mentiras. A minha conduta, de ontem, de hoje e de sempre, é e sempre será, a demonstração d que não nos submetermos às injustiças dos açodados.
Sobre os fatos que hoje vêm sendo distorcidos por parte da mídia, criminosamente divulgados por aqueles que deveriam zelar pelo seu sigilo, estes eram, desde há muito, de conhecimento dos meus superiores hierárquicos. Ademais, já prestei os esclarecimentos solicitados junto aqueles que, com isenção e imparcialidade, poderão avaliá-los e julgá-los.
Prossigo com a consciência absolutamente tranquila, certo de que, seja como policial, ou como Secretário Nacional de Justiça, cumpri meu dever para com a sociedade. Tenho convicção de que o tempo e a Justiça brasileira encarregar-se-ão de restabelecer a verdade.
