Em reportagem publicada neste sábado (19), o jornal Folha de S.Paulo afirma que os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, que fariam parte de um suposto dossiê contra o candidato tucano à Presidência da República, José Serra, teriam saído dos sistemas da Receita Federal.

Segundo jornal, o suposto dossiê começava a ser montado com consentimento de um ala da pré-campanha da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.

A reportagem afirma ter tido acesso a cinco declarações completas do Imposto de Renda de Eduardo Jorge que continham as seguintes frases: “Estes dados são cópia fiel dos constantes em nossos arquivos. Informações protegidas por sigilo fiscal”.

De acordo com a reportagem, a veracidade dos documentos fiscais foi confirmada por Eduardo Jorge, que os teria confrontado com outras declarações enviadas por ele à Receita.

“Esses documentos não estão em nenhum outro lugar que não a Receita Federal. Eu afirmou que meu sigilo fiscal foi violado”, disse Eduardo Jorge ao jornal.

Na reportagem, a Folha de S.Paulo diz que procurou a Receita durante toda a semana para falar sobre o assunto e órgão disse que não iria se manifestar.

O caso do suposto dossiê foi revelado em reportagem da revista “Veja”. De acordo com a revista, a elaboração do suposto dossiê contra o pré-candidato tucano teria sido tratada pelo jornalista Luiz Lanzetta, o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Souza e o ex-agente da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá, durante encontro em um restaurante de Brasília, em abril.