O governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP), negou na manhã desta quinta-feira (24) que o Estado esteja por trás de pesquisa eleitoral apreendida na última segunda (22), em Varjão, que provocou a prisão em flagrante de cinco pesquisadores da Exata Consultoria e Pesquisa por crime de difamação. O questionário continha uma pergunta que especulava sobre eventual culpa do tucano em desvio de dinheiro para contas do exterior.

A acusação foi feita pelo senador Marconi Perillo (PSDB), no jornal O Popular, de Goiânia, na última segunda-feira (21). O tucano declarou não ter dúvidas de que a pesquisa foi encomendada pelo governador, porque "todas as pesquisas feitas por este instituto são a mando do governador". Adilson Santana, popularmente conhecido como Catatau, dono da Exata, tem proximidade pessoal com Alcides, que é padrinho de uma de suas filhas.

"É uma acusação que não procede. As pessoas para dizer alguma coisa têm de ter certeza daquilo que falam. Pesquisas estão sendo feitas aí por vários institutos. E o governo é quem está patrocinando essas pesquisas? Isso é um absurdo", qualificou o governador Alcides. Marconi e Alcides, aliados na eleição que reelegeu o pepista em 2006, estão este ano em lados opostos.

Convenção
Alcides Rodrigues também afastou boatos de que a pré-candidatura que apóia na sucessão estadual, a do republicano Vanderlan Cardoso, esteja perdendo força, por causa de desentendimentos internas na cúpula no partido do governador, o PP.

"Estou vendo que as coisas estão sendo normais. Convenção é sempre uma convenção. Então os convencionais estarão presentes e decidirão o destino do partido", disse. Segundo ele, o presidente do PP em Goiás, Sérgio Caiado (PP), não sairá do cargo, apesar da representação feita contra ele no Conselho de Ética da sigla pelo secretário geral, Sérgio Lucas. "Eu não tenho conhecimento dessa questão. Vou estar lá. Estarei lá presente", ainda disse, sobre a convenção do partido, no próximo domingo, 27.