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Segunda-feira, 03 de junho de 2024

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Petraeus será mais agressivo no Afeganistão, diz analista americano

Novo comandante das tropas americanas no Afeganistão, o general David Petraeus deve adotar a mesma abordagem “intelectual e agressiva” que usou no Iraque, na opinião de John C. McManus, historiador militar da Missouri University of Science and Technology.


Considerado o arquiteto da guerra no Iraque, Petraeus foi escolhido por Obama para substituir o general Stanley McChrystal, após a crise gerada por declarações do militar e de seus assessores à revista "Rolling Stone", em que eles criticavam vários integrantes da administração Obama.


Obama e Petraeus durante cerimônia em que general foi anunciado, na quarta-feira (23) (Foto: AFP)

“Ele [Petraeus] entende que a contra-insurgência, muitas vezes, exige moderação. Ele também entende que um inimigo como os talibãs devem ser perseguidos, rendidos e desprovidos de sustento e do respeito público. Isso só pode ser feito com operações de combate extensivas. Ele é muito experiente em lidar com a política de Washington e tem um bom histórico de trabalhar bem com o alto nível das autoridades civis, como Ryan Crocker [ex-embaixador americano em Bagdá]”, descreve o historiador.

Leia também: Obama teme oposição de generais, diz ex-oficial do Pentágono

Embora, “estrategicamente”, McManus não veja uma grande mudança após a troca de comando no Afeganistão. “Ambos [Petraeus e seu antecessor] são comandantes dinâmicos que não conhecem o significado da palavra ‘desistência’. Petraeus terá papel importante em qualquer mudança, mas é provável que as linhas gerais venham da administração Obama.”

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Com relação à retirada das tropas norte-americanas do país asiático até 2011, uma das promessas de campanha de Obama, o historiador acredita que depende, em grande medida, da política doméstica dos EUA, o que inclui o resultado das eleições paralamentares deste ano.

“Se as eleições indicarem uma maior pressão do eleitorado sobre os políticos eleitos por uma retirada [das tropas], isso pode acontecer. Mas se a guerra continuar um assunto de pano de fundo –como parece ser o caso hoje- tenho minhas dúvidas se uma retirada total possa ocorrer”, diz.

Militares
Para o historiador, a controvérsia gerada entre membros da administração Obama e os militares no Afeganistão fazem parte de uma “tensão natural” entre generais e presidentes do país, que não deve resvalar em crise institucional, como temiam analistas.

“Este foi só o último exemplo desta tensão natural que existe entre generais e presidentes ao longo da história americana. No nosso sistema, militares são sempre subordinados a líderes civis eleitos. Basicamente, presidentes devem desenvolver estratégias e os generais devem implementá-las. Todo americano parece concordar com isso. O problema é saber onde termina a autoridade do presidente e onde a do general começa.
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