A tentativa de contratação do serviço da aeronave Sêneca II, prefixo PT-EZC (Papa Tango - Eco, Zulu, Charles), de propriedade da Abelha Taxi Aéreo, e de seu piloto, o comandante Portela, que sumiu na última sexta-feira (2), teve início em Rondonópolis, na última quinta-feira (1), quando uma pessoa que se identificou apenas como ‘Dr. Jorge’, que seria advogado, ligou para uma empresa de táxi aéreo do município.
O proprietário da empresa, que prefere não ter seu nome divulgado, informou, por telefone, que o suposto advogado ligou aproximadamente cinco vezes para a sua empresa e afirmou que queria o vôo para Cáceres para um cliente que precisava assinar um documento naquela cidade.
O proprietário relatou ainda que durante a conversação solicitou ao suposto cliente maiores informações ou alguém que pudesse lhe indicar para que tivesse maior segurança na disponibilização do serviço. No entanto, segundo ele, o homem não lhe deu tais informações e continuou insistindo na contratação do serviço e ligou pela última vez por volta das 19 horas de quinta-feira.
Como o empresário de Rondonópolis preferiu não realizar o serviço, o suposto advogado ligou para a Abelha Táxi Aéreo, para qual informou que a viagem seria para Lucas do Rio Verde e já não mais para Cáceres. O dono da empresa de Rondonópolis afirmou que apesar da insistência nas ligações, o homem não teria se alterado e nem demonstrado irritação devido a negativa de fornecer o serviço.
De acordo com o gerente do aeroporto municipal de Rondonópolis, Alencar Libano de Paula, a aeronave desaparecida decolou de Rondonópolis por volta de 13h30 da última sexta-feira (2).
Investigação
Policiais civis e militares responsáveis pelas investigações do sumiço da aeronave e do piloto tentam confrontar “evidências” que ligam a contratação do serviço ao assalto praticado ao Banco do Brasil no município de Nova Mutum na última quinta-feira pela manhã.
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mantém duas aeronaves na região do Médio Norte para auxiliar nas investigações. Pilotos que já foram informados do sequestro avaliam como "muito estranha a situação" e trabalham com a vertente do sequestro para uso da aeronave na fuga do bando que aterrorizou clientes e funcionários da agência.
