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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Ministros de Comércio querem retomar Doha antes da reunião do G-20

Ministros de Comércio querem retomar as discussões sobre a Rodada Doha antes da próxima reunião do G-20 (grupo das nações mais ricas do mundo e os principais emergentes), que acontece no dia 2 de abril, em Londres. A sugestão surgiu do encontro realizado paralelamente ao Fórum Econômico Mundial, hoje em Davos, na Suíça, com representantes de 20 países. O objetivo é reativar as conversas para tentar concluir Doha e impedir uma onda protecionista neste momento de crise global.


Há fortes preocupações de que os países passem a buscar soluções internas para a turbulência com imposição de barreiras para o comércio. O temor ficou claro na declaração dada hoje pelo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, em entrevista coletiva. "Estão querendo jogar o livre comércio na privada, junto com o resto do Consenso de Washington", afirmou.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e a ministra de Economia da Suíça, Doris Leuthard, disseram que é possível ocorrer uma reunião para a discussão de Doha antes do encontro do G-20. Nos debates de Davos, a conclusão de Doha foi apontada como um caminho de combate à crise financeira internacional. "Terminar Doha é como um pacote de estímulo econômico", afirmou Lamy.

"A recessão irá atingir países em desenvolvimento se Doha não for concluída", disse Amorim. Para ele, o melhor antídoto contra a crise é fechar a rodada rapidamente. "Não há nada de concreto, mas existe um humor positivo." No entanto, a ministra suíça relatou as pressões internas que vem sofrendo. "Os empresários estão nos pedindo um ambiente mais protecionista neste momento", afirmou.

Para a ministra do Comércio da Indonésia, Mari Pangestu, existe a ameaça de que os países em desenvolvimento percam o avanço obtido nos últimos anos caso da Rodada Doha não seja finalizada. "Já estamos sentindo os efeitos, os emergentes já estão vendo queda de fluxo de recursos", disse Pangestu. "Fizemos reformas e abrimos nosso mercado como sugeriu o Banco Mundial e fomos atropelados por um caminhão." Na avaliação do ministro de Comércio da Coreia do Sul, Kim Jong-Hoon, se um país adotar uma medida protecionista, os parceiros também irão e haverá uma escalada.
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