Candidato à reeleição, o atual governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), já é alvo de nove representações por uso da máquina pública e captação ilícita de apoio, por parte do adversário na disputa Mauro Mendes (PSB). Todos os processos são passíveis de cassação do registro de candidatura e diploma, caso eleito.

Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em uma das ações a coligação de Mendes acusa o adversário de ter usado a máquina pública para realizar reunião com funcionários da Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural).

O processo 334895.2010.611.0000 conta que todos os servidores do órgão foram convocados, via ofício, para uma reunião de trabalho realizada na Avenida Agrícola Paes de Barros, onde funciona o Comitê da Família. Os servidores do interior teriam usado veículos do Estado para se deslocarem até a capital e recebido diárias.

Em outra representação Silval é acusado de oferecer 300 casas durante uma reunião com moto taxistas, o que caracteriza captação ilícita de sufrágio, ou seja, compra de votos, conforme o processo de número 278049.2010.611.0000. Noutra, a Agecopa teria utilizado propaganda da agência para beneficiar Silval.

O coordenador jurídico do empresário, advogado Paulo Taques, não quis entrar em detalhes sobre o teor dos processos. “Não vou entrar em detalhes, mas vale ressaltar que nove representações é um número alto, e as provas de cada uma delas são fortes. Além disso o próprio Ministério Público já acionou o candidato Silval”, disse o advogado em entrevista ao Olhar Direto.

Taques ressaltou ainda que Mauro Mendes não responde nenhuma ação que visa cassação do registro de sua candidatura.