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Domingo, 28 de abril de 2024

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País todo poderia ter saneamento em 2020, diz entidade

O saneamento básico no Brasil poderia atingir 100% da população em dez anos ao invés de seis décadas e meia que levará para ser globalizado no País no atual ritmo de crescimento. Esta é a avaliação da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), para quem apenas a mudança na gestão dos recursos destinados à área já seria suficiente para que todos os brasileiros pudessem ser beneficiados por serviços como tratamento de esgoto e água.


De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 59,1% dos domicílios brasileiros tinham acesso a uma rede de esgoto ou fossa séptica ligada à rede coletora no ano passado. Já o abastecimento de água atingia 84,4% das casas, enquanto a coleta de lixo era realidade para 87,9% das residências.

A presidente da Abes, Cassilda Teixeira Carvalho, afirmou em Belo Horizonte, durante entrega de prêmios para qualidade de gestão em saneamento básico, que o crescimento médio da cobertura desse tipo de serviço é de 1,5% ao ano, muito aquém do necessário para universalizar o saneamento básico no País em curto prazo. E ela ressalta que não falta recursos para investimento.

"O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 1 previu R$ 40 bilhões para saneamento básico, mas só 20% foram investidos. O resto ainda está no caminho por causa de burocracia como contratos e licitações. No atual ritmo, o Brasil levará 65 anos para que todos tenham acesso ao saneamento básico. Com a gestão correta dos recursos, isso pode acontecer até 2020, com transparência. Transparência não quer dizer falta de agilidade."

No evento, ela divulgou dados que mostram problemas que podem ser causados pela falta de gestão em saneamento básico. De acordo com a Abes, a média de perda das empresas de tratamento de água no País é de 38%, enquanto as vencedoras das várias categorias de premiação tem desperdício médio de 28%. "Há empresas no País que chegam a perder 65% da água que tratam", afirmou, sem revelar nomes. Para a entidade, o ideal seria uma perda entre 20% e 25%.

Premiados

No evento de hoje conquistaram o Prêmio Nacional de Qualidade em Saneamento, por causa dos modelos de gestão, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), seis unidades da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e 11 da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).

Também venceram três unidades da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), duas da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e uma da Águas do Paraíba (RJ), da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), do Serviço Intermunicipal de Água e Esgoto (Simae-SC) e do Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis (Daep-SP).
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