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Sábado, 18 de maio de 2024

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Não saio mais sem celular, diz homem que ficou em penhasco por 20 horas

Após ficar mais de 20 horas pendurado em um penhasco em Altinópolis, no interior de São Paulo, e receber alta do hospital na manhã desta terça-feira (9), o ajudante de serviços gerais Alexandre Ferreira, de 37 anos, disse ter aprendido uma lição. "Não saio mais sozinho e sem celular”, disse ele, que ficou preso a uma fenda, pendurado, e não conseguiu chamar por socorro.


Ferreira só foi localizado após um amigo realizar uma busca e avisar as autoridades. Ele foi resgatado de helicóptero pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar na segunda-feira.

Com arranhões na perna e muitas picadas de insetos, Ferreira que já tinha passeado no local onde sofreu o acidente com o irmão, disse que decidiu no domingo ir tomar um banho de cachoeira. Como o irmão estava ocupado, decidiu ir sozinho. “Eu me perdi na mata. Fui andando, andando. Pisei em falso e cai de uma altura de mais ou menos 20 metros. O problema foi que na queda eu bati a cabeça e desmaiei. Devo ter ficado uma hora desacordado. Quando acordei, eu não lembrava mais de nada”, contou.

Ele ficou em uma espécie de fenda. E não conseguiu dormir. “Tinha sede, fome, mas os insetos não me deixavam dormir. Passei um apuro danado”, disse.



Ferreira teve arranhões e muitas picadas de
insetos (Foto: Letícia Macedo/G1)Alexandre Ferreira chegou a pensar que ia morrer. "A paredona era grande demais para escalar.” Os irmãos chegaram a procurá-lo no domingo à noite, mas voltaram sem encontrar sinais do homem.

Na segunda-feira pela manhã, o entregador de leite José Nascimento de Jesus, de 51 anos, passou na casa do irmão de Alexandre e ficou sabendo do desaparecimento de Alexandre.

“Abandonei tudo e fui procurá-lo. Nessa hora é que a gente vê quem é amigo”, disse o entregador de leite. Questionado como conseguiu localizá-lo, José Nascimento de Jesus afirmou: “É Deus que vai guiando”.

Ao ouvir o barulho do carro de Nascimento, Alexandre disse que começou gritar por socorro. “Ouvi só uma voz bem longe. Ele estava fraco”, afirmou o amigo.

Foi o entregador de leite quem jogou a primeira garrafa d’água com a ajuda de um cipó para ele e quem pediu ajuda para retirá-lo do local. “Ele estava tremendo muito”, afirmou. O dia estava quente. “Estava com tontura, com câimbra”, lembrou.

Após todo o apuro vivido, Ferreira, além do "aprendizado", saiu com a certeza de uma amizade especial. “Ele só pode ser o meu anjo da guarda”, resumiu.
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