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Terça-feira, 30 de abril de 2024

Notícias | Brasil

Milícias ocupam mais favelas no Rio que facções

As milícias, grupos criminosos formados por policiais militares e civis, bombeiros, agentes penitenciários, aposentados e da ativa, ocupam hoje mais territórios do que as grandes facções do narcotráfico no Rio de Janeiro. Na lista das 250 principais favelas pesquisadas (a estimativa é de que na capital são mais de mil), 100 são controladas pelas milícias, 84 pelo Comando Vermelho, 35 pelos Amigos dos Amigos e 31 pelo Terceiro Comando Puro.


O levantamento foi feito pelo pesquisador do Instituto de Ciências Policiais da Universidade Cândido Mendes Paulo Storani, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e mestre em Antropologia. No trabalho foram usadas informações de líderes comunitários e da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil do Rio de Janeiro (Draco). "Esta é somente a primeira etapa de um estudo mais amplo, que pretende entender a origem das milícias, acompanhar as transformações do crime no morro para servir de base para as instituições policiais, que não fazem pesquisas", diz Storani.

As milícias existem desde a década de 1980, mas só passaram a chamar a atenção depois que ampliaram os territórios sob sua influência, principalmente nesta década. Cada território dominado por milicianos costuma ter lideranças autônomas, ao contrário das quadrilhas do tráfico, que respondem a comandos únicos. As milícias se concentram principalmente na zona oeste e ganham dinheiro com a cobrança de taxas de segurança dos moradores, gás, transporte coletivo e gatonet (TV a cabo ilegal). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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