Os dois últimos inquéritos que investigam o superfaturamento de R$ 44 milhões na compra de maquinários pelo programa do Governo “MT 100 Equipado” serão concluídos somente no próximo ano. A previsão é da delegada fazendária Alana Cardoso, uma das responsáveis pelo caso.

O inquérito sob o nº 63/2010 foi instaurado para apurar suposta fraude de caminhões e máquinas para formação de patrulhas rodoviárias. Já o outro, para investigar indícios de lavagem de dinheiro.

A delegada fazendária explica que o primeiro ainda depende de um relatório da Auditoria Geral do Estado (AGE) sobre dados fiscais para poder concluí-lo.

Até o momento, segundo ela, não há informações se o órgão conseguirá finalizar o documento até o mês de dezembro. Outro fator se refere aos extratos bancários que não foram emitidos pelas agências e que poderão apontar indícios de corrupção.

“Ainda não recebi nada das agências. É um processo um pouco demorado e não dá para falar em prazo. Mas, ao que tudo indica, não conseguiremos finalizar tudo este ano”, frisou.

As investigações foram divididas em três fases. O primeiro inquérito, que apura fraudes no processo licitatório, foi finalizado nesta sexta-feira (12) e indiciou 12 pessoas acusadas de envolvimento no esquema.

Três servidores da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e nove empresários que venderam as 705 máquinas e caminhões para o Governo são acusados por fraudes em licitações, corrupção passiva e formação de quadrilha.

A Delegacia Fazendária encaminhou o relatório ao Ministério Público Estadual. Caberá a promotora Ana Cristina Bardusco oferecer denúncia no prazo de 10 dias e remeter o relatório ao juiz da 15ª Vara Especializada de combate ao Crime Organizado, Arimateia Neves Costa.