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Domingo, 05 de maio de 2024

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Começa nesta terça série de cinco audiências para debater hidrelétrica

Começa nesta terça série de cinco audiências para debater hidrelétrica
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) faz, nesta terça-feira, a primeira de cinco audiências públicas para expor à população da região norte o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Sinop, a ser construída no rio Teles Pires. O evento será em Ipiranga do Norte (480 km de Cuiabá), às 19h, na Câmara Municipal.


Na quarta-feira a audiência será em Sorriso, às 19h, na sede do Poder Legislativo. Na quinta-feira, em Sinop, às 19h, no anfiteatro da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat). Sexta-feira os debates acontecem na Câmara de Cláudia, às 19h, e no sábado, às 14h30, em Itaúba, na Câmara.

A UHE terá capacidade instalada de 460 megawatts. A Sema tem que esmiuçar, aos moradores das cinco cidades, os impactos que a UHE Sinop vai causar nos municípios. Depois, a usina vai a leilão, marcado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para 17 de dezembro. O preço do megawatt/hora da energia que será produzida foi definido pelo governo federal em R$ 125. A hidrelétrica será interligada ao sistema nacional.

Na semana passada, indígenas, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ribeirinhos, ambientalistas e lideranças de outros segmentos fizeram um seminário sobre os impactos do empreendimento e vão pedir a suspensão das audiências para evitar o licenciamento ambiental. Eles argumentam que a Sema deveria fazer os estudos de impacto coletivo das cinco usinas que estão previstas para serem erguidas no Teles Pires, entre Sinop e a divisa com o Estado do Pará, e não os impactos separados.

Um segmento da Igreja Católica também se posiciona contra a construção da UHE Sinop, sem esclarecer todos os impactos ambientais que a obra vai causar em Sinop e região. O receio é com alguns aspectos contidos no Relatório de Impacto Ambiental apresentado pela Empresa de Pesquisas Energética (EPE).

Com apoio de geólogos, engenheiros e técnicos ambientais, a sociedade organizada quer saber qual a probabilidade de “abalos sísmicos” apontados no relatório, as mudanças no lençol freático, o aumento da temperatura na região e dezenas de outros questionamentos, que não teriam ficado bem esclarecidos à comunidade.

A UHE Sinop: Sinop será o município que terá a maior área alagada, com 193 quilômetros quadrados, o que representa 4.9% do município. Em seguida aparece Cláudia, com 50 km (1.30%); Itaúba, com 40 km (0,91%); Ipiranga do Norte, com 25 km (0,73%); e Sorriso, com 18 km (0,19%). De acordo com os estudos da EPE, 862 famílias serão atingidas pela enchente do reservatório, dos quais 408 são residentes nas margens do Teles Pires e 454 não residentes. Em Sinop serão 686 famílias – a maioria da Gleba Mercedes, Cláudia 59, Sorriso 52, Itaúba 39 e Ipiranga 26.

Pelo desenho arquitetônico do estudo de impacto, constata-se que a barreira terá um quilômetro de largura. A queda bruta de água será de 30 metros e o parque de máquinas ficará nas proximidades da Fazenda Josefina, na divida entre Cláudia e Itaúba. Para chegar ao local será necessário percorrer 70 km na BR-163 a partir de Sinop – sentido Itaúba - e acessar mais 15 km, à esquerda, em uma estrada vicinal.

Para construção, estimasse que sejam investidos R$ 2 bilhões, incluindo os custos de construção da barragem, indenizações e até a construção de outra ponte, mais alta, na MT-220, entre Sinop e Juara, pois a atual será atingida pelas águas.
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