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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Baleado no Arpoador: estudante reconheceu farda azul em site do Exército

Em um primeiro depoimento na 14ª DP (Leblon), o estudante de 19 anos baleado na barriga no Parque Garota de Ipanema após a Parada Gay reconheceu através de um site do Exército a farda azul que o homem que o agrediu vestia no último domingo. O Exército, no entanto, nega que os homens de sua corporação estariam vestindo farda daquele tipo no dia do crime.


O delegado Fernando Veloso, que investiga o caso, disse que na quinta-feira o estudante vai tentar reconhecer o seu agressor através de fotos. O Exército, segundo o delegado, vai enviar à delegacia fotos de todos os militares que estavam de plantão na noite de domingo. O delegado tenta também identificar o rapaz que estava com o estudante no domingo à noite. O delegado Fernando Veloso disse que outras pessoas também estavam no local e queria identificá-las para tentar encontrar o agressor. Fernando Veloso disse que caso as pessoas apareçam vai garantir o anonimato.

Na manhã dessa terça-feira, policiais da 14ª DP (Leblon) voltaram ao Parque Garota de Ipanema para tentar encontrar o projétil ou o cartucho da pistola que atingiu o estudante. Apesar da varredura, nada foi encontrado.

A assessoria de Comunicação Social do Comando Militar do Leste (CML) informou, nesta terça-feira, que o Exército não usa fardas na cor azul, contradizendo o depoimento do estudante.

Na delegacia, ele contou que foi xingado e abordado por homens vestidos com uniformes camuflados na cor azul. Em sua defesa, o CML reforçou que não tem patrulhas fazendo rondas no parque. Mesmo assim, a assessoria informou que abriu uma sindicância interna para apurar o caso, além de estar colaborando com as investigações da delegacia do Leblon.

O grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT reivindicou, em nota divulgada à imprensa nesta terça-feira, a rigorosa investigação do caso. Segundo a nota, "caso fique provado que o disparo realmente foi feito por militares que faziam a ronda no local, como relatam familiares da vítima, o Grupo Arco-Íris cobra punição exemplar ao homofóbico".

O grupo afirma ainda que "cabe lembrar que as Forças Armadas e todos os operadores de segurança de nosso estado e do país têm por obrigação garantir a segurança e a proteção de todos os cidadãos, independentemente de credo, cor, orientação sexual e identidade de gênero". A nota é assinada por Julio Moreira, presidente da organização.


Rapaz diz que está traumatizado
O estudante disse que está traumatizado. Segundo a mãe dele, o jovem está descansando em casa de parentes, chora muito e diz que não quer sair mais de casa. Ela fez um apelo para que o rapaz com quem ele estava no parque apareça para prestar depoimento. Ela acrescentou que será garantido a esse rapaz o anonimato caso ele ajude a identificar os homens que atiraram no filho dela.

Exército já se pronunciara na segunda
Na segunda-feira, o Comando Militar do Leste já tinha divulgado uma nota informando que nenhum militar do Forte de Copacabana disparou arma de fogo naquela madrugada, no Arpoador. Já a Polícia Civil informou que enviou um ofício ao Exército requisitando a apresentação do oficial de dia para prestar depoimento sobre o caso. A apresentação está marcada para próxima quinta-feira, às 10h, na 14ºDP (Leblon).

De acordo com policiais de plantão na sala de polícia do Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde o jovem foi atendido, o disparo foi feito de um fuzil.
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