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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Grã-Bretanha indenizará ex-presos de Guantánamo

O governo britânico anunciou nesta terça-feira que chegou a um acordo para indenizar 16 ex-detentos da prisão americana de Guantánamo que acusaram agentes britânicos de cumplicidade em torturas que sofreram, mas insistiu que não é uma admissão de culpa.


O secretário de Justiça, Ken Clarke, não revelou o montante das indenizações ou a identidade dos ex-presos com os quais foram alcançados estes acordos, sujeitos à confidencialidade, ainda que informações da imprensa falem de milhões de libras no total e incluam entre seus possíveis beneficiários o etíope Binyam Mohamed.

"Posso informar hoje à Câmara (dos Comuns) que o governo aceitou uma solução negociada das ações de danos e prejuízos civis apresentadas por presos detidos em Guantánamo", disse Clarke aos deputados.

"Não foram feitas admissões de culpabilidade na obtenção destes acordos e nenhum dos denunciantes retirou suas acusações", acrescentou o ministro.

O governo britânico sempre se declarou oposto à tortura. Em julho, o primeiro-ministro David Cameron anunciou uma investigação liderada por um juiz sobre as denúncias de que os serviços de segurança britânicos foram cúmplices de torturas que supostos extremistas violentos sofreram no exterior após os atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.

"Quanto mais tempo essas perguntas continuarem sem resposta, maior a mancha em nossa reputação de país que acredita na liberdade, na justiça e nos direitos humanos", disse então o primeiro-ministro.

Entretanto, a investigação aguardava uma decisão sobre os pedidos de indenização civis e Clarke disse que a resolução desta questão permitirá que ela possa começar.

As conclusões devem ser divulgadas 12 meses após seu início.

Outro motivo para chegar a este acordo foi o dinheiro. O governo estimava que lidar com as ações por via judicial teria durado cinco anos e custado ao Estado entre 30 e 50 milhões de libras (45-80 milhões de dólares, 35-59 milhões de euros).

Também é provável que o governo tenha optado por chegar a um acordo para evitar a divulgação de informações secretas em um julgamento público

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