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Domingo, 28 de abril de 2024

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N.Zelândia considera mínimas as chances de encontrar vivos os 29 mineiros

O primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, admitiu nesta terça-feira que há poucas chances de encontrar com vida os 29 mineiros que estão há cinco dias soterrados após uma explosão na jazida onde trabalhavam, mas não podem ser resgatados porque é perigoso demais.


"As famílias estão frustradas, nós estamos frustrados, o país está frustrado", lamentou Key, quem nesta segunda-feira ainda acreditava em um final feliz para os mineiros.

O líder neozelandês assinalou perante o Parlamento de Wellington que ainda não é possível descer ao fundo da mina onde se encontram os trabalhadores, pois ela permanece repleta de gás metano, que causou a explosão de sexta-feira passada, responsável pelo desmoronamento da mina de carvão, localizada na ilha sul da Nova Zelândia.

As equipes de resgate continuam esperando que a toxicidade do ar diminua a um nível que permita aos socorristas entrar na jazida para resgatar os 29 operários da empresa Pike River, após fracassar a ideia de se usar um robô articulado para inspecionar o interior da mina.

A empresa Pike River divulgou nesta manhã o vídeo da explosão, gravado pelas câmeras de segurança, para mostrar às famílias das vítimas a impossibilidade de se retomar a operação de resgate.

No vídeo, percebe-se uma espécie de poeira branca saindo da entrada da galeria antes do desmoronamento, o que, segundo a companhia, demonstra o "grave perigo" de os socorristas entrarem para resgatar os mineiros.

A explosão foi tão potente que fez tremer parte de um vale próximo e destruiu na superfície parte do sistema de ventilação da mina, indicou o executivo-chefe da Pike River, Peter Whittall.

Whittall se reuniu com os parentes dos trabalhadores, alguns dos quais saíram da sala antes das imagens da explosão serem exibidas. "Foi uma experiência muito difícil para todos, mas depois houve muito menos perguntas".

Os únicos que não parecem ter perdido a fé são os próprios socorristas, que aguardam com paciência que as análises da composição do gás deem sinal verde para reiniciar a operação de salvamento.

O chefe das equipes de resgate, Trevor Watts, explicou que o problema maior não é o fato de o ar estar poluído, mas o alto risco que de ser inflamável e gerar outra explosão como a que danificou a mina.

"As condições que nosso pessoal terá de enfrentar são potencialmente desfavoráveis. Estamos prontos para descer assim que nos permitirem", disse Watts.

Quando isso ocorrer, cada socorrista descerá à mina com 25 quilos de aparelhos para respirar e terão de caminhar 2,5 quilômetros ladeira acima para chegar aonde se acredita que estão os mineiros, há cinco dias incomunicáveis e sem alimentos.

"Estamos diante de uma situação muito séria e quanto mais se prolongar, menos esperança haverá. Temos de ser realistas", lamentou o comandante policial Gary Knowles.

As equipes de resgate também continuam perfurando com máquinas um pequeno túnel na montanha que lhes permita conectar o fundo da jazida com o lado de fora, mas está sendo muito difícil perfurar os últimos metros pela dureza da rocha.

Além de analisar o gás, os socorristas pretendem instalar um cabo para tentar ouvir golpes ou algum sinal de vida.

Acredita-se que os mineiros estejam a 150 metros de profundidade, mas a 2,5 quilômetros da entrada da mina, sob um duto subterrâneo que passa abaixo da cordilheira de Paparoa e que caiu de maneira horizontal.

Os 29 mineiros soterrados têm entre 17 e 62 anos, sendo três britânicos, dois australianos e um sul-africano.

Caso a morte deles seja confirmada, esta será a maior tragédia em uma mina na Nova Zelândia desde 1896, quando 65 trabalhadores foram soterrados por uma explosão de gás metano perto de Atarau no maior acidente da história do setor de mineração do país. EFE
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