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Segunda-feira, 27 de maio de 2024

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Primeiras impressões: Fiat Bravo 1.8 Dualogic e T-Jet

Foto: Divulgação/ Stúdio Cerri

Primeiras impressões: Fiat Bravo 1.8 Dualogic e T-Jet
Para aposentar o Stilo, a Fiat usou a mesma estratégia adotada no lançamento do hatch premium, em 2002, que aos poucos tirou de cena do mercado nacional o Brava. O carro da vez tem nome parecido com o antigo: é o Bravo, que já está em produção na fábrica nacional da marca em Betim (MG), aproveitando a linha de montagem do Stilo. O novo modelo foi apresentado nesta quarta-feira (24), no Rio. Chegou atrasado – a previsão inicial era 2009 – e entra no final da fila que traz na ponta Hyundai i30, seguido por Ford Focus e Volkswagen Golf, líderes de venda no segmento.


A fabricante demorou, inclusive, para revelar os detalhes – a novidade estava exposta no Salão do Automóvel de SP – mas a Fiat parece ter usado o tempo extra para afinar a sua estratégia. A primeira é o preço. A partir de R$ 55.200, o Bravo só não é mais em conta do que o Focus, que começa em R$ 53.430. No entanto, o concorrente é equipado com motor 1.6 Flex de 115 cv, enquanto o modelo da Fiat traz sob o capô o novo propulsor 1.8 Etor.Q de 132 cv.

Outro “tiro” da montadora foi investir em uma versão mais apimentada, a T-Jet, que por R$ 67.700 traz o mesmo propulsor italiano 1.4 turbo já disponível no Punto e no Linea, mas com um câmbio manual de seis velocidades. Ela ainda pode ser equipada com itens tecnológicos inéditos no país, como sensor de pressão de pneus, sistema de entretenimento que reúne as funções do MP3 player e GPS, novo teto solar elétrico, rodas de 18 polegadas e airbag para joelho do motorista.

O G1 fez o teste da versão topo de linha no autódromo de Jacarepaguá e depois conferiu o desempenho do modelo de entrada, o Essence, equipado com motor 1.8 e câmbio Dualogic, automatizado, pelas avenidas da Barra da Tijuca. A versão mais em conta deve representar, segundo a Fiat, 55% do mix de vendas do hatch, isso porque a marca aposta no bom pacote de série que inclui airbag duplo, ar-condicionado manual, direção elétrica, faróis de neblina com acionamento automático, MP3 Player, vidros, travas e retrovisores externos elétricos, e volante com regulagem de altura e profundidade.

Acabamento
Além de bem recheado, o Bravo conta com bom acabamento interno, painel emborrachado em duas texturas e revestimento em couro dos assentos e das portas em marrom escuro (este último opcional). Uma lona almofadada é utilizada na parte superior do painel de porta, o que deixa a cabine mais sensível ao toque. A iluminação interna alaranjada acompanha os tons do habitáculo e dá uma sensação de conforto ainda maior. Mas uma avaliação mais criteriosa revela algumas pequenas falhas, como rebarbas e peças mal encaixadas. Mesmo assim, o acabamento do hatch médio é muito superior ao do sedã Linea, por exemplo.

Para rodar no Brasil, a fabricante incorporou, além do motor flex e das caixas de câmbio nacionais (Dualogic e manual de cinco marchas), um novo ajuste da suspensão e isolamento acústico. O conjunto de amortecedores cumpre muito bem a função e conversa bem com os pisos irregulares: não é nem muito rígido, nem molenga demais. O que impressiona é a direção elétrica, que consegue ser mais leve do que a dos modelos da francesa Citroën. Em baixas velocidades, o volante é tão sensível que chega a causar um pouco de insegurança, como se o carro escapasse facilmente das mãos. Por medida de segurança, conforme a velocidade aumenta, o sistema é enrijecido.

Em altas velocidades, a guiada fica mais prazerosa graças à disposição do motor Etor.Q, que tem fôlego na medida certa. O câmbio Dualogic, neste caso, diminui um pouco a empolgação, apesar de ter passado por uma nova atualização e estar sensivelmente mais rápido nas respostas. O macete para deixar o carro mais esperto continua sendo optar pelas trocas manuais ou aliviar o pé do acelerador no modo "Drive" (D) para suavizar os trancos.

T-Jet é para os mais 'nervosos'
Para os mais “nervosinhos”, o T-Jet é a melhor pedida. O ronco do motor faz jus ao apelo esportivo, que é reforçado pelos faróis dianteiros escurecidos, escapamento duplo cromado, spoiler, minissaia, volante e pinças de freios pintados de vermelho, assim como as costuras e parte do revestimento interno. Sem forçar muito a rotação do carro, utilizando até a sexta marcha, o velocímetro apontou 145 km/h na reta oposta aos boxes no circuito de Jacarepaguá.

Além da nova caixa de câmbio manual, a versão turbinada estreia o sistema overbooster que aumenta a sobrepressão no motor, elevando o torque de 21,1 kgfm para 23,0 kgfm na faixa entre os 2.000 e 4.000 giros. Para acionar o dispositivo, basta acionar o botão OVC localizado no painel do carro.

Pelo bom acerto do conjunto mecânico, preço e opções para todos os gostos – ao todo são cinco configurações – o Bravo promete ganhar pelo menos algumas posições, já que o Stilo deixa o mercado no oitavo lugar do ranking de vendas no segmento de hatches premium. A novidade da Fiat é uma ameaça principalmente para o Golf, da arquirrival Volkswagen, cuja idade pesa na escolha do consumidor.

A meta inicial é comercializar 1.500 unidades por mês, a mesma do hatch alemão e cerca de metade do montante do i30 e do Focus. A briga promete ficar ainda mais quente com a chegada da sexta geração do Golf e do Peugeot 308, que substituiu o 307. Quando? Assim como a Fiat fez com o Bravo, as outras montadoras guardam esse segredo sob sete chaves.
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