O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou nesta segunda-feira que tem o apoio dos presidentes da Câmara e do Senado, ambos do PMDB, para a realização dos cortes de gastos prometidos.

"Fiquei muito feliz porque ouvi uma declaração do vice-presidente eleito, Michel Temer, que hoje é o presidente da Câmara, dizendo aqui hoje: 'o governo estará muito atento ao ajuste fiscal'", afirmou Mantega durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre construção. "E outro dia o presidente do Senado, senador José Sarney, também se comprometeu em colaborar. Agora nós precisamos do empresariado", completou.

O PMDB é o principal aliado do PT na coalizão que elegeu Dilma Rousseff para a Presidência da República. Além da Vice-Presidência, com Michel Temer, o partido deve contar com vários ministérios no futuro governo. O Orçamento de 2011 está em análise pelo Congresso.

Na Fiesp, Mantega reiterou a intenção da futura equipe econômica de reduzir os gastos de custeio. Em entrevista à Reuters na semana passada, o ministro previu cortes de cerca de R$ 20 bilhões nas despesas. "Quando a economia vai bem, quando a economia está crescendo, o Estado pode diminuir sua presença, gastando menos, tendo uma demanda menor, porque o setor privado dá conta do desenvolvimento", disse. "Agora é o momento de nos retirarmos e abrir espaço para o setor privado."