A polícia prendeu um empresário espanhol na madrugada de sábado no aeroporto internacional de Recife com destino a Madri com 3,7 kg de cocaína escondidos no fundo falso de uma mala. Nicolás Reys Gogolludo, 42 anos, é natural de Valência, casado e não possuía antecedentes criminais.
Em nota, a Polícia Federal (PF) disse que Gogolludo admitiu, durante interrogatório, ter recebido uma oferta de um traficante espanhol para recolher a droga no Brasil e que "resolveu fazer a viagem por estar passando por uma situação financeira difícil". Ele afirmou que foi a Manaus, onde recebeu a droga de um desconhecido, e pretendia transportá-la até Madri e receber 5 mil euros como recompensa.
A polícia disse ter desconfiado do espanhol por observar que ele estava preocupado com o atendimento e a forma como os policiais revisavam as bagagens na Alfândega. Ao ser questionado sobre os motivos da viagem ao Brasil, Gogolludo disse que estava a negócios, embora tenha apresentado visto de turista.
Segundo a PF, tanto o local onde foi apreendida quanto a forma que estava empacotada indicam que a cocaína procedia da Colômbia. O suspeito pretendia embarcar em uma aeronave com destino a Lisboa e de lá tomar uma escala até a capital espanhola. Ele foi levado à Superintendência da PF em Recife, onde foi acusado por tráfico internacional de drogas, com pena de até 20 anos de prisão em caso de condenação.
De acordo com a PF, a detenção representa o 11º caso do ano no aeroporto internacional de Recife. Dos presos, quatro são espanhóis e os demais vieram de Portugal, Bulgária, Paraguai, Filipinas, Grécia, África do Sul e Brasil.
O número é inferior aos registros de 2009, quando a polícia deteve 19 pessoas com droga no aeroporto de Recife, das quais 10 eram estrangeiras. Este ano os agentes apreenderam 26,3 kg de cocaína, contra 69,9 kg no ano passado.