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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Notícias | Política MT

“Precisamos combater o vírus da AIDS e o do preconceito”, diz Serys no Dia de Combate a AIDS

Para relembrar o Dia de Combate a Aids, a Senadora Slhessarenko (PT-MT) fez um discurso no plenário do Senado Federal nesta quarta-feira (1º) sobre o tema. Segundo ela, uma data não para comemorar, mas para conscientizar. “Precisamos combater o vírus da AIDS e o do preconceito”


Ela lembrou a necessidade de prevenção com o uso da camisinha, principalmente pelas mulheres, que hoje são as maiores vítimas do vírus. Cobrou do Ministério da Saúde campanhas de prevenção destinadas às mulheres e a necessidade de se popularizar os testes de HIV.

Serys citou o UNAIDS, encontro ocorrido em julho em Viena, onde se discutiu as ações que estão sendo desenvolvidas em todo o mundo para combater o avanço da doença. “Algo que ficou bastante evidente é o descontentamento dos especialistas com os governos, que pontuaram falta de vontade política e o preconceito como os dois dos principais obstáculos na luta contra a Aids, uma doença que mata cinco mil pessoas por dia”, ponderou.

Nos últimos anos, segundo a senadora, os recursos contra a AIDS passaram para US$ 16 bilhões, o que permitiu multiplicar por dez o número de pessoas em tratamento. Entretanto, o número de infectados também não parou de crescer e os dados são sete mil infecções a cada dia e 400 mil bebês que nascem infectados ao ano na África.

Ela elogiou as políticas de combate e controle da AIDS no Brasil, que hoje são internacionalmente reconhecidas. Entre as razões está a política desenvolvida pelo Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Nacional de DST/AIDS, a ênfase conjunta na prevenção e na atenção à doença, e o envolvimento de uma ampla gama de setores governamentais e não-governamentais. A parceria com distintos segmentos da sociedade civil - igrejas, comunidade científica, organizações não-governamentais, etc. - tem sido a tônica das atividades de controle da AIDS, avaliou a senadora.

“Podemos dizer que como política pública o combate a AIDS no Brasil tem avançado, porém ainda acredito que aliado ao tratamento tradicional, alopático, devemos combater o preconceito. Os portadores do HIV sofrem com o estigma social que dificultam a integração normal à sociedade, este talvez seja o maior problema da doença que, como disse, felizmente hoje temos tratamentos que permitem ao portador do HIV levarem uma vida completamente normal”, disse.

Para combater o preconceito, citou o PLS 51/03, de sua autoria, já aprovado no Senado e que encontra-se na Câmara como PL 6124/2005, já aprovado em todas as comissões e pronto para votação em Plenário, que punirá aquele que discriminar os doentes de AIDS ou portadores do HIV. “Esta é uma daquelas leis chamadas pedagógicas por objetivar, de forma bem didática, forçar o preconceituoso a respeitar seu semelhante, a ver que conviver com um ou uma HIV Positivo não representa risco de contaminação.” Serys apelou pela aprovação da matéria com agilidade.

Finalizou o discurso incentivando os soropositivos: “E aquelas pessoas que possuem o vírus HIV que não desistam de ter uma vida normal e não aceitem o preconceito, lutem contra qualquer forma de discriminação e o lugar de todos é na sociedade. Quero lembrar a todos que o HIV não é transmitido através da convivência, não aceitemos a discriminação contra as pessoas portadoras do vírus. Definitivamente o pior da doença é a discriminação.”
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