O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), diz que a retomada das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é a solução para a precariedade de abastecimento de água na grande maioria dos bairros da capital mato-grossense. Pode até ser, mas que vai demorar, isso vai. Há problemas para serem resolvidos no campo jurídico, técnico e administrativo.
A perspectiva é de que, somente em meados de 2011, as obras serão retomadas e se, até lá, não acontecer mais nenhum problema. A esperança de que a ampliação da ETA Tijucal seria a "panacéia" para o problema de água em Cuiabá, como propagava o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), candidato derrotado ao governo do Estado, mostrou-se, até agora, ineficiente.
A menos de mil metros da ETA Tijucal, alguns bairros, como Fortaleza e Liberade, sofrem com a falta do precioso líquido. A periferia da capital mato-grossense ainda ressente com o problema de abastecimento e, pelo andar da carruagem, vamos chegar as eleições de 2012 com a questão ainda em discussão. A única luz no final do túnel exergada pelas nossas autoridades é o PAC.
No entanto, há uma outra alternativa que ninguém comenta. A Enron construiu a termelétrica de Cuiabá já pensando em adquirir, caso fosse privatizada, a Sanemat. Em razão disso, a adutora da obra foi realizada já de acordo com esse projeto, que ficou engavetado em razão da decisão do governo Dante de Oliveira em municipalizar o sistema de abastecimento de água.
A adutora, que serve para esfriamento da usina, e já com licença ambiental, tem a capacidade de atender a termelética, caso seja reativada, e o excedente para atender a demanda de água do município. Para isto, basta construir a estação de tratamento e adutoras ligando as redes de água. Uma solução bem mais barata e rápida para universalizar a água em Cuiabá. Basta querer.